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São Paulo investiga mais uma morte de jovem pela polícia

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SÃO PAULO — A polícia de São Paulo investiga a morte do ajudante de pedreiro Evandro Pereira da Silva, de 24 anos, após ser baleado por policiais militares durante um bloqueio no Campo Limpo, na Zona Sul, no último domingo. Ele estava no banco de trás do carro de um amigo, na companhia da noiva, quando o motorista teria dado uma ré para fugir de uma blitz. Na madrugada de segunda-feira, o universitário Julio César Alves Espinoza, de 24 anos, foi morto por policiais militares e guardas civis de São Caetano do Sul após furar um bloqueio.

Esse é o quinto caso de óbito em abordagem por forças de segurança neste mês. O Ouvidor das Polícias Julio Cesar Fernandes Neves pediu que o Ministério Público (MP) e a Corregedoria da PM acompanhem as investigações.

Neves confirma que o caso aconteceu na Avenida Amadeu da Silva Samelo. Ele diz que os policiais envolvidos na ação contam, no boletim de ocorrência, que dez agentes estavam num furgão móvel quando fizeram o bloqueio na área. Ao abordarem o automóvel, o motorista não parou e nem obedeceu às ordens. Ele teria ainda atropelado dois policiais. Foi quando os agentes decidiram atirar, segundo consta no boletim de ocorrência.

— Eles contam isso, mas a mulher dele não confirma a versão — afirma Neves.

Um dos disparos atingiu a cabeça de Evandro. Ele foi levado, ainda com vida, ao Hospital Geral de Pirajussara, e morreu na quarta-feira. O corpo foi enterrado na última sexta, em Taboão da Serra.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informa, por nota, que instaurou inquérito para apurar os fatos, e que os PMs envolvidos estão afastados da atividade operacional, realizando serviços administrativos no quartel. O caso foi registrado no 89º DP como flagrante de tentativa de homicídio simples, desobediência e lesão corporal decorrente de oposição à intervenção policial.


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