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Renan diz que eleição geral pode ser uma alternativa ‘se a política não resolver’

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BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que a proposta de uma eleição geral, como a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta manhã, não pode ser descartada e deve ser uma alternativa, “se a política não resolver” a atula crise. Renan disse que a proposta do senador Valdir Raupp era “bem elaborada”. O senador sugeriu ontem a antecipação da eleição presidencial de 2018 para outubro de 2016, juntamente com a eleição para prefeitos e vereadores. Mas não de todos os cargos.

De qualquer forma, tanto Renan como Dilma não descartaram eleições para todos os cargos. Nesta manhã, Dilma disse que só aceitaria essa proposta se todos entregassem os atuais cargos.

— Vejo com bons olhos essa coisa da eleição geral. Acho que, se a política não arbitrar saídas para o Brasil, não podemos fechar nenhuma porta, deixar de discutir nenhuma alternativa, nem essa de eleição geral ou fazer uma revisão do sistema de governo e identificarmos o que há de melhor no parlamentarismo e no presidencialismo — disse Renan, ao chegar ao Senado.

Renan disse que uma eleição geral é “mais ampla” do que a proposta de Raupp de antecipação da eleição presidencial apenas.

— Antecipação da eleição presidencial é uma outra coisa, a tese da eleição geral que está sendo defendida é uma tese mais ampla e pode significar uma resposta da política para o Brasil que continua a demonstrar muita ansiedade — argumentou ele.

Ao ser perguntado sobre o posicionamento da presidente, de que só aceitaria de fosse eleição geral, Renan disse que concordava.

— Eleição só é geral se for para todo mundo. Por isso, não podemos descartá-la, temos que guardá-la como uma alternativa, assim como a revisão do sistema de governo identificando o que é melhor no parlamentarismo e no presidencialismo — disse Renan.

JUCÁ NO COMANDO DO PMDB

Renan ainda considerou positivo o fato de o senador Romero Jucá (PMDB-RR) assumir o comando nacional do PMDB, no lugar do vice-presidente Michel Temer, que se licencia do comando da sigla. Ele disse que conversou com Temer na semana passada, por telefone. Na verdade, Temer disse a Renan que não gostou de ele ter declarado que a antecipação da reunião do PMDB para o último dia 29 foi “precipitada”.

— Acho uma boa solução porque o senador Romero Jucá é um grande quadro, tem relação com praticamente todos segmentos do partido e, sem dúvida nenhuma, pode fazer um esforço para a solução. O presidente Temer foi eleito pela unanimidade do PMDB, mas é muito importante que essa unanimidade se refaça a cada momento. E o senador Jucá tem todas as condições para refazê-la quando houver necessidade — disse Renan.

Ao ser perguntado de tinha feito as “pazes” com Temer, Renan respondeu:

— Um grande abraço.


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