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Relator do impeachment diz que questão política e manifestações não podem ser ignoradas

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BRASÍLIA – O deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou nesta segunda-feira que não pode ignorar em seu relatório na Comissão do Impeachment a “questão política” e os movimentos nas “ruas” no contexto do parecer, mas sinalizou que deve restringir seu voto apenas a questões relativas ao ano de 2015, que foram as aceitas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como justificativa para dar andamento ao processo. Jovair vai apresentar seu relatório, que é a explicação dos motivos do pedido, e o voto, onde se pronunciará a favor ou contra.

— Você não pode ignorar a questão política, as ruas, as ponderações do governo, todas essas questões estarão no relatório, mas não no voto — afirmou o deputado, antes do início da sessão.

Jovair disse que ainda não decidiu se colocará na parte do voto outras questões que constam da denúncia, como a compra da refinaria de Pasadena, os escândalos de corrupção investigados na Lava-Jato e as pedaladas fiscais do ano de 2014. Afirmou que vai analisar se inclui ou não essas questões para evitar questionamentos judiciais.

— Posso usar (no voto), mas não sei se vou. Meu direito constitucional é de analisar tudo, mas não quero brecha para que possa haver questionamento jurídico — afirmou o relator.

Jovair disse que vai analisar a defesa do governo, mas pretende entregar seu voto a tempo de a comissão conseguir cumprir seu prazo regimental, que se encerra na próxima segunda-feira. Para isso, ele deverá apresentar seu parecer até quarta-feira.

A comissão recebe no final da tarde desta segunda-feira a defesa da presidente Dilma Rousseff, que será entregue pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Antes, a comissão analisa aspectos regimentais levantados pelos parlamentares. A reunião foi aberta às 14h30 e Cardozo deve chegar por volta das 17 horas.


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