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Programa aponta as palavras mais usadas por Lula em depoimento

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RIO – Uma análise do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de programas que formam uma “nuvem de palavras” permite verificar quais foram os termos mais usados pelo ex-presidente no interrogatório feito pela Polícia Federal quando foi levado coercitivamente. Excluindo pronomes, conjunções e conjugações dos verbos ser e estar, nota-se que Lula, pela frequência da palavra “não”, nega indagações feitas pelo delegado. Por diversas vezes na oitiva, o petista diz não ter conhecimento sobre alguma informação perguntada a ele. O programa “Wordle” mostra como as palavras “não” e “sei” estão entre as mais usadas pelo ex-presidente. Na época que o mensalão veio à tona, Lula disse que não sabia do esquema de compra de votos.

Como exemplo, em um dos trechos o delegado fala sobre as doações feitas ao Instituto Lula.

Delegado da Polícia Federal: Tem um valor mínimo de doação, tem alguma definição?

Lula: Não.

Delegado da Polícia Federal: É dado recibo?

Lula: É, porque tudo tem que ser legalizado, se a pessoa dá o dinheiro eu acho que a pessoa quer comprovação que doou.

Delegado da Polícia Federal: E é por transferência ou em reais?

Lula: Não sei, não sei.

Delegado da Polícia Federal: Qual era o montante médio anual de recurso auferido?

Lula: Ah, não sei, não pergunte para mim essas coisas financeiras porque eu não cuido disso.

O site que forma a “nuvem de palavras” demonstra ainda como o termo “querido” foi bastante usado por Lula para se referir ao delegado: apareceu 30 vezes. A palavra “instituto” foi usada 91 vezes por Lula, uma vez que ele foi questionado de maneira recorrente sobre o instituto que leva seu nome e as doações para ele.


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