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Presidente da OAS avança em processo de delação premiada

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SÃO PAULO — Assim como a Odebrecht, a OAS também negocia para que o presidente da empresa, José Adelmário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, dê informações sobre o esquema de corrupção na Petrobras. O advogado José Luís de Oliveira negou na noite desta terça-feira que seu cliente tenha assinado termo de confidencialidade, documento que marca o início do processo formal de delação. Até assinatura do termo, as negociações são conduzidas informalmente. O GLOBO apurou que o termo foi assinado no começo deste ano.

Se aceita, a delação de Léo Pinheiro, como é conhecido, deve ajudar a elucidar sobre o relacionamento da OAS com o governo Lula. Pinheiro e o ex-presidente eram amigos pessoais. Está em nome da OAS o tríplex no Guarujá, que seria destinado ao ex-presidente e era mantido em nome da empreiteira. A OAS também pagou por reformas no sítio de Atibaia, usado pela família de Lula. Pagou ainda por cozinhas planejadas e móveis instalados no tríplex e no sítio e comprados na mesma loja da Kitchens na capital paulista. Parte do valor foi paga em dinheiro.

Pinheiro foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão e segue em liberdade, até que a apelação apresentada pela defesa seja apreciada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O julgamento da apelação está marcado para o próximo dia 8. Caso a sentença do juiz Sérgio Moro seja confirmada, Pinheiro deve começar a cumprir pena tão logo se esgotem os recursos no TRF-4, o que deve ocorrer em, no máximo, dois meses.

O empresário tem expectativa de conseguir fechar acordo de delação antes de começar a cumprir a pena. Nesta quarta-feira, ele prestará depoimento no inquérito que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Léo Pinheiro havia relutado assinar acordo de delação premiada. A interlocutores, havia dito que só assinaria acordo se pudesse falar sobre a corrupção sistêmica que ocorre no país e abrange vários políticos e siglas.


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