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PF indicia Pimentel por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro

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SÃO PAULO. A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e falsidade ideológica eleitoral.

São investigados indícios de compra de medidas provisórias e favorecimento a empresas em empréstimos no BNDES no período em que Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). O petista também é acusado de operar supostas fraudes em sua prestação de contas em 2014.

O governador mineiro foi intimado a prestar depoimento à PF na última sexta-feira, mas preferiu não comparecer. Nas próximas semanas a Procuradoria-Geral da República decidirá se apresenta ou não denúncia contra o governador mineiro.

O petista é um dos principais alvos da Operação Acrônimo, que começou em maio de 2015, quando a PF investigava a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro de 2014, com interlocutores do governador.

A aeronave transportava Benedito de Oliveira Neto, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel de 2014 e é suspeita de assinar contratos fraudulentos com o governo federal.

No mês passado, o relator da Acrônimo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o juiz Herman Benjamin, analisou pedido da PF e autorizou o indiciamento.

Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacceli, disse que o petista teria “todo interesse em depor” à Justiça, mas “nos limites da lei e com obediência à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”.

No texto, Pacceli mencionou o “direito a ter todas as informações sobre o processo, disponíveis antes de seu depoimento”, o que não teria ocorrido na sexta-feira, segundo sua análise.

“Esperamos que o Ministério Público Federal (MPF) permita que o Governador exerça seu direito de ser ouvido no âmbito adequado, tal como já reconheceu a ilegalidade do indiciamento no âmbito do STJ”, concluiu o defensor.


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