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PF faz buscas na sala da tesouraria do PT em São Paulo

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SÃO PAULO — Um dos mandados de busca e apreensão da Operação Custo Brasil foi cumprido nesta quinta-feira na sede do PT, no centro de São Paulo. De acordo com agentes, o foco era a sala da tesouraria do partido, que era ocupada por João Vaccari, preso em Curitiba por causa da Lava-Jato. Os policiais federais deixaram a sede do PT por volta das 12h30.

No local, foram apreendidos documentos. De acordo com agentes, não foi encontrado dinheiro. O atual tesoureiro do PT é Márcio Macedo.

A rua Silveira Martins, onde fica a sede do PT, está interditada para carros e apenas pedestres têm autorização para passar. Pessoas ligadas ao partido fizeram um protesto relâmpago em frente ao diretório. Eles estenderam uma grande faixa com uma foto do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, acompanhada dos dizeres: “Cunha ladrão” e “E o Temer?”

O secretário de comunicação do diretório municipal do partido, João Bravin, classificou a ação como “seletiva” e uma tentativa de desviar o foco do segundo indiciamento de Cunha pelo STF e do encontro do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, com a força tarefa da Lava-Jato nesta semana.

— Estou indignado como petista e dirigente com uma ação seletiva contra um partido político que nunca se negou a participar de qualquer investigação. A ação de hoje é porque o PMDB está acuado, Temer não tem governabilidade. Quem manda na República é Eduardo Cunha, esse cidadão que é réu no STF.

Bravin considera que há “uma perseguição coletiva” contra membros do PT e lembrou que três ministros do governo Temer já saíram por causa de desdobramentos da Lava-Jato.

O presidente do PT, Rui Falcão, estava em Brasília e ao saber da operação na sede do partido embarcou para São Paulo. Ele só deve se manifestar após a coletiva da Polícia Federal. Nenhum dirigente da legenda estava no local no momento da chegada da PF.

A operação atrai a atenção de quem passa por ali. Algumas pessoas até tiram fotos dos policiais que estão parados em frente ao prédio.

A “Custo Brasil” apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática com a empresa Consist, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos do Ministério do Planejamento. O caso foi revelado pelo GLOBO em agosto do ano passado. O ex-ministro do Planejamento, do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e das Comunicações, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, Paulo Bernardo foi preso no âmbito da operação.


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