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Petistas têm receio do que Silvio Pereira pode falar

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SÃO PAULO — Depois de uma semana com notícias favoráveis ao PT e ao governo, a 27ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Carbono 14, caiu como uma ducha de água fria na cúpula da legenda. Os petistas acreditam que o juiz Sérgio Moro novamente agiu politicamente ao deflagrar a operação. Também revelam receio com o que ex-secretário geral do partido Silvio Pereira, o Silvinho, possa falar aos policiais e procuradores.

 

— O Sérgio Moro puxou a Carbono 14 porque esta semana estava boa para nós. Ele não tem limites. Pega uma coisa que estava na gaveta e vai soltando aos poucos, de pedacinho em pedacinho — afirmou um aliado do ex-presidente Lula.

A avaliação é que, diante do histórico do ex-dirigente, um eventual depoimento de Silvinho possa causar um fato político negativo. Em 2006, em entrevista ao GLOBO, ele revelou detalhes sobre o funcionamento do mensalão, disse que o plano do operador Marcos Valério era arrecadar R$ 1 bilhão com negócios que envolviam pendências do governo e falou sobre o envolvimento da cúpula partidária nas irregularidades. Ao final, se arrependeu do que disse.

Para os petistas, qualquer coisa que Silvinho disser agora sobre o governo do ex-presidente Lula pode contribuir para acentuar o desgaste do ex-presidente. O objetivo da operação, na avaliação dos aliados do ex-presidente, seria buscar uma declaração do ex-secretário geral do PT sobre o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

O nome da nova fase da operação, Carbono 14 (em referência a procedimentos utilizados pela ciência para a datação de itens e a investigação de fatos antigos), já mostraria, de acordo com integrantes da cúpula do PT, que o objetivo é apenas requentar episódios do passado.


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