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Pedido de extradição de operador da Lava-Jato é aceito em Portugal

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RIO – O governo de Portugal acatou a admissibilidade do pedido de extradição do luso-brasileiro Raul Schmidt, preso na 25ª fase da Operação Lava-Jato, a primeira realizada fora do país. O próximo passo será a análise do pedido pelo Tribunal da Relação de Lisboa, em uma audiência marcada para o dia 12 de maio. As informações são do jornal português “O Público”.

Segundo o jornal, o ministério da Justiça português decidiu pela admissibilidade do pedido de extradição porque os fatos nos quais se baseiam as acusações contra Schmidt são anteriores à obtenção da dupla cidadania. O Tribunal da Relação vai ouvir a defesa do operador, sócio do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, e pode negar o pedido do Ministério Público brasileiro para que ele seja devolvido ao país. Nesse caso, autoridades do Brasil ainda podem requerer à Justiça portuguesa que julgue Schmidt.

Raul Schmidt Felippe Junior obteve a nacionalidade portuguesa em dezembro de 2014. O pedido de prisão contra o operador, acusado de fazer pagamentos a três ex-diretores da Petrobras, foi feito ainda durante a 15ª fase da Operação Lava-Jato, em julho de 2015. O principal alvo da “Conexão Mônaco”, como foi batizada a operação, foi Jorge Zelada, que teve €10 milhões bloqueados em uma conta que mantinha no Principado.

Schmidt, que alega ter deixado o Brasil em 2005, era considerado foragido pela Justiça brasileira. Antes de se mudar para Portugal, ele teve uma galeria de arte em Londres. O luso-brasileiro foi preso em uma casa avaliada em € 3 milhões, de propriedade de uma offshore. Na casa, foram encontradas centenas de obras de arte valiosas, segundo a polícia portuguesa.


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