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‘Operação Xepa’ mira em estádio do Corinthians e Porto Maravilha

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CURITIBA e SÃO PAULO – Palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, a construção da arena Corinthians pode estar envolvida no esquema de pagamento de propina da Odebrecht. Outras obras, como o Porto Maravilha, no Rio, e o Canal do Sertão, em Alagoas, também foram citadas pelos investigadores e procuradores da força-tarefa na Lava-Jato, em coletiva de imprensa nesta terça-feira em Curitiba.

O vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negrão, foi alvo de condução coercitiva e presta depoimento na Polícia Federal de São Paulo.

Segundo os investigadores, os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas que indicam o envolvimento da diretoria da Odebrecht, que cuida da gestão do contrato com o Itaquerão. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse que ainda está em análise inicial a lista dos destinatários dos pagamentos. O delegado Márcio Anselmo, da Polícia Federal, citou planilhas em que aparecem os nomes do Canal do Sertão e do Porto Maravilha.

Nesta fase, disseram os investigadores, o único estádio que apareceu foi o do Corinthians. Segundo ele, há indicativos de pagamentos de propina em outros estádios da Copa, segundo “indicativos de delações que ainda estão em andamento”.

Os investigadores contaram que ainda estão analisando os dados para saber com precisão os envolvidos.

— Em relação aos estádios da Copa, já temos indicativos de outras fases de delação ainda em andamento. Nesta fase foram identificados pagamentos em relação a de uma diretoria que cuida especificamente do contrato da Arena Corinthians. Nesta fase se refere, neste momento, não temos ainda clareza de toda movimentação, apenas a pagamento a esta obra da Copa — ressaltou Carlos Fernando.

O delegado Márcio Anselmo disse que não dá para detalhar ainda o esquema de propinas.

— Tem algumas pessoas que receberam referentes a estas obras, mas não dá para estabelecer a que título elas receberam. A gente sabe que elas receberam pela contabilidade paralela da Odebrecht, que indica alguma ilicitude, senão teria pago com base em algum tipo de contrato. E das mais variadas esferas, desde municipal, estadual, federal. Diversos estados municípios, estados e também federal — declarou.


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