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Na ‘ressaca’ do impeachment, plenário da Câmara fica esvaziado

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BRASÍLIA – Num cenário bem diferente do domingo, o plenário da Câmara reabriu na tarde desta segunda esvaziado e, nem de longe, lembra a movimentação da véspera. Apenas cinco parlamentares presentes e, pouco a pouco, chegava um ou outro. Na tribuna, deputados governistas e de oposição se revezavam nas comemorações e nas lamúrias. Os aliados da presidente Dilma lamentavam o resultado pela abertura do impeachment. Os oposicionistas repetiam que a decisão não foi um golpe e tem respaldo da Constituição.

— A Câmara optou pelo caminho da ilegalidade. Virou um tribunal de exceção. O povo brasileiro foi derrotado ontem — disse Reginaldo Lopes (PT-MG).

Arnaldo Jordy (PPS-PA), que votou a favor do impeachment, discursou com argumentos contrários ao do petista.

— A presidente Dilma violou a Constituição. Ao contrário do que dizem, não se trata de um recall de 2014. Não é fácil tirar uma presidente da República. É doloroso. Mas se trata de um instituto legítimo e uma conquista da democracia. Não é um golpe nem atalho – disse Jordy.

Carlos Marun (PMDB-MS), outro pró-impeachment, também criticou o discurso do PT de se tratar de um golpe.

— O PT, e os aliados que lhe restam, ficam nessa cantilena boquirrota de golpe — disse Marun.

A líder do PCdoB, Jandira Feghalli (RJ), disse que a batalha está apenas começando.

— O que houve foi sim um golpe. E se houver governo Temer será ilegítimo e não vai trazer tranquilidade ao país. O povo vai continuar nas ruas — disse a parlamentar.


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