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‘Não cometi nenhum crime de responsabilidade’, diz Dilma

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RIO — A presidente Dilma Rousseff reforçou na tarde desta sexta-feira, durante a entrega de unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no Rio, que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidente está reunida nesta sexta para analisar o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao afastamento da presidente.

— Dizem que impeachment está na Constituição. É verdade. Está lá escrito que é possível fazer impeachment do presidente. Mas esquecem de completar: desde que tenha cometido crime de responsabilidade. Qual é o problema? Não cometi nenhum crime de responsabilidade – afirmou.

A presidente acusou ainda os defensores do impeachment de pensarem em um projeto para o país que não contemple a execução de programas destinados à população de baixa renda, caso do “Minha Casa, Minha Vida”.

— Quem quer interromper meu mandato é quem considera um erro do governo federal colocar recursos do governo no “Minha Casa, Minha Vida” — disse.

Dilma ainda exaltou a dimensão do programa e afirmou que “desde Pedro Álvares Cabral” não houve um programa de entrega de residências populares deste porte. Nesta sexta, 4.452 unidades estão sendo entregues em cinco estados do país. No Rio, são mil casas, em dois condomínios em Santa Cruz, na Zona Oeste. Em uma ação simultânea em Canaã dos Carajás, no Pará, o ministro da Secretaria de Portos, Hélder Barbalho (PMDB), também está comandando a entrega de casas do programa.

A presidente está acompanhada do governador do Rio em exercício Francisco Dornelles (PP), do vice-prefeito da cidade, Adilson Pires (PT), da presidente da Caixa Exonômica Federal, Miriam Belchior, e do ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB). Na semana passada, o PMDB anunciou formalmente que se desligaria do governo. No entanto, apenas o ministro do Turismo, Henrique Alves, entregou o cargo. Seis ministros do PMDB permanecem no governo.

Nesta quinta-feira, após a divulgação da delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques Azevedo, Dilma Rousseff disse que o vazamento “premeditado e direcionado” de informações tinha “o claro objetivo de criar ambiente propício ao golpe”. Em discurso durante o ato de “mulheres em defesa da democracia”, a presidente pediu ao Ministério da Justiça para punir os responsáveis pelo vazamento da colaboração, cujo conteúdo veio a público na véspera da discussão do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) na comissão de impeachment contra ela.


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