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Mulher que assassinou os próprios pais é aprovada no Sisu para curso de gestão de turismo

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Brasil – Suzane Von Richtofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, foi aprovada no vestibular para o curso de Gestão de Turismo pelo Instituto Federal de São Paulo no Campus de Campos do Jordão (SP). A detenta conseguiu a aprovação pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que usa a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

A lista dos aprovados pelo sistema foi divulgada nesta quarta-feira (29). Suzane aparece em oitavo lugar na lista, com nota 608,42.

O curso é noturno, na modalidade presencial, e ofertado em Campos do Jordão. As aulas acontecem das 19h às 22h40 na cidade que fica a cerca de 40 quilômetros da Tremembé, onde cumpre pena.

As matrículas para o curso de Suzane foram abertas nesta quinta-feira (30) e seguem até o dia 4 de fevereiro. De acordo com a instituição, Suzane não havia comparecido para a matrícula até o início da tarde desta quinta.

A formalização para a vaga deve ser feita presencialmente ou por procuração. Caso efetive, a presa deve começar a frequentar as aulas já na próxima quarta-feira (5).

“Temos que atendê-la como qualquer outro aluno. Se a Justiça permite que ela possa estudar aqui, devemos recebê-la como recebemos todos os outros”, comentou o diretor geral do IFSP, Walter Oliveira.

O curso tem duração de dois anos e meio e é focado no planejamento e desenvolvimento de atividades turísticas para o mercado público e privado.

A reportagem procurou a Vara de Execuções Criminais de Taubaté para saber se a presa solicitou autorização para comparecer às aulas, mas o Tribunal de Justiça informou que o processo está sob segredo de Justiça.

Em nota, a SAP informou que caso Suzane seja autorizada a cursar a graduação em Campos do Jordão, o transporte terá de ser bancado com recursos dela. “Caso seja autorizada, o transporte deve acontecer por meio de recursos próprios da sentenciada”, informou.

Estudos

Em 2016, a presa recebeu autorização para cursar uma outra graduação. À época, ela tentava frequentar as aulas do curso de administração em uma universidade particular. Com medo do assédio fora da prisão, ela pediu à Justiça para fazer o curso online, mas por falta de recursos tecnológicos e aparato, teve o pedido foi negado.

Em 2017, Suzane fez nova tentativa. Ela foi aprovada para o curso de administração em uma instituição católica em Taubaté. Para custear a mensalidade, ela pleiteou o financiamento pelo Fies e foi contemplada. Apesar disso, não concluiu a matrícula.


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