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Mulher de Cunha informa que declarou ao BC conta no exterior bloqueada

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BRASÍLIA – A defesa da jornalista Claudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta quarta-feira que ela pôs seu passaporte à disposição da Justiça. Também foi apresentada uma petição em que Claudia se oferece para esclarecer os fatos investigados na Operação Lava-Jato. Além disso, informou que já declarou ao Banco Central a conta atribuída a ela no exterior. Por fim, disse que essa conta está bloqueada, para que não haja possibilidade de movimentá-la.

Claudia Cruz é uma das investigadas na Lava-Jato, que apura principalmente irregularidades na Petrobras. O caso dela estava no Supremo Tribunal Federal (STF), no mesmo inquérito aberto para investigar Cunha e a filha dele, Danielle Cunha, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso do deputado – que tem foro privilegiado no STF por ser parlamentar – continua lá. Mas as investigações contra a mulher e a filha foram mandadas para a 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Sérgio Moro.

“Independentemente dos recursos já protocolados no STF, para demonstrar seu comprometimento com a investigação, Claudia Cruz entrou com petição, na terça-feira, 22/03/16, se colocou à disposição para esclarecer os fatos, pôs à disposição, também, seu passaporte, e informou que a conta no exterior a ela atribuída está bloqueada, de forma que não tem meios para transferir ou movimentar qualquer recurso fora do país. Ademais, informou ao juiz de 1ª instância (Moro) que já declarou a conta ao Banco Central do Brasil, embora acredite desnecessária tal conduta por razões jurídicas já apresentadas ao órgão regulador”, diz trecho de nota assinada pelo advogado Pierpaolo Bottini.

Mais adiante, o texto divulgado pela defesa diz que Claudia “acredita na seriedade das autoridades públicas, dedicadas a apurar os fatos com a imparcialidade que sempre pautou a Justiça”.

A decisão de desmembrar o inquérito, mantendo apenas a investigação contra Cunha no STF, foi tomada na semana passada pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no tribunal. O pedido para que isso ocorresse tinha sido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.


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