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Moro diz que país precisa vencer ‘sem violência ou ódio’

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CURITIBA – À véspera de um fim de semana que deverá ser marcado por manifestações contra e a favor do governo de Dilma Roussef, o juiz Sérgio Moro defendeu, na noite desta quarta-feira, que o país ande para frente “sem violência ou ódio”. Sem citar possíveis enfrentamentos, Moro afirmou ainda que é preciso vencer os desafios:

— Já superamos crises econômicas terríveis, vencemos duas ditaduras — a do Estado Novo e a ditadura militar — tivemos triunfo contra a hiper inflação nos anos 90. Superamos tudo isso andando juntos. Devemos vencer andando juntos e caminhando para frente, não para trás. Devemos vencer sem violência e ódio contra ninguém — disse.

Durante um jantar-debate promovido pelo Lide, grupo empresarial liderado por João Dória Júnior, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Moro afirmou que o quadro de corrupção sistêmico no país envergonha os brasileiros. Ele também disse que é preciso enfrentar os desafios do país “sem violência”, numa referência velada aos enfrentamentos que têm acontecido no país entre grupos contrários e a favor da presidente Dilma Rousseff.

— Esse quadro (de corrupção) nos envergonha, envergonha os brasileiros que acabam tendo uma imagem de malandro lá fora.

O Brasil, disse ele, não pode empurrar a questão para baixo do tapete.

— Uma coisa é a corrupção isolada. Outra é a corrupção sistêmica. Precisamos saber como chegamos e como sairemos dela — disse Moro.

pensa, mas, como juiz, não pode:

— Às vezes dá vontade de falar tudo o que a gente pensa, mas não dá — disse Moro, lembrando que a Lava-Jato já foi acusada até de levar o país à recessão.

Sem corrupção, afirmou o juiz, o investimento externo também pode aumentar, pois as empresas estrangeiras poderão competir num mercado mais leal. Ele afirmou também que a imprensa cumpre o papel de divulgar para que a sociedade possa ser esclarecida:

— É importante que a sociedade apoie.

Moro afirmou que o papel dele é, muitas vezes, superdimensionado, pois existe o trabalho do MPF e da polícia federal e das outras instâncias do judiciário.

— Este é um trabalho institucional —disse ao responder uma das perguntas da plateia.


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