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Marcelo Odebrecht quer colaborar com as investigações da Acarajé

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SÃO PAULO — O empreiteiro Marcelo Odebrecht afirmou que quer colaborar com as apurações que investigam se o marqueteiro João Santana recebeu recursos ilícitos não declarados no exterior. Contudo, o empresário se calou na terça-feira durante o primeiro depoimento à Polícia Federal relativo a 23ª fase da Lava-Jato, batizada de Operação Acarajé. Ele alegou que tem que ter acesso ao inquéritos antes de responder as questões dos investigadores.

“O declarante não deseja ficar em silêncio, mas não está preparado para responder neste momento em face de estar atuando em sua defesa (…). Que deseja colaborar e prestar novas declarações a partir da semana que vem”

Na madrugada desta quarta-feira, a defesa do empresário encaminhou um ofício ao juiz Sérgio Moro pedindo para que Odebrecht seja novamente transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, onde estava preso antes da deflagração da Operação Acarajé.

Os advogados alegam que a permanência do empreiteiro na sede da Polícia Federal prejudica o seu direito a defesa em outra ação contra o empresário que está em fase de alegações finais.

“(Marcelo Odebrecht) deseja colaborar e prestar novas declarações a partir da semana que vem”

No primeiro depoimento, a Polícia Federal perguntou a quem o empreiteiro se referia ao anotar o termo “Feira”. Os investigadores afirmam que “Feira” seria o marqueteiro da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, João Santana, preso na terça-feira sob suspeita de US$ 7,5 milhões em contas no exterior.

Os investigadores perguntaram também qual o significado da anotação “Prédio (IL)”, apontada em um relatório da PF como uma possível referência ao Instituto Lula. A referência está numa planilha encontra numa troca de mensagens entre funcionários da Odebrecht. No documento, há uma referência do pagamento de mais de R$ 12 milhões da construtora em 2010 a “IL”.

Além de pedir o retorno de Marcelo Odebrecht ao Complexo Médico Penal em Pinhais, no Paraná, os advogados solicitaram ao juiz Sérgio Moro que o prazo para a apresentação das alegações finais seja prorrogado de acordo com os dias em que o empresário esteve na PF.


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