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Manifestantes se enfrentam em frente à casa de Lula e em Congonhas

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SÃO PAULO e SÃO BERNARDO DO CAMPO – SÃO PAULO e SÃO BERNARDO DO CAMPO – Grupos pró e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram às ruas, em São Paulo, nesta sexta-feira de manhã, depois que a Polícia Federal o levou para prestar depoimento em razão da deflagração de uma nova fase na Operação Lava-Jato, a Aletheia. Pelo menos dois locais foram palco de confrontos entre os manifestantes, as ruas em torno do prédio onde moram Lula e a ex-primeira-dama, Marisa Letícia, em São Bernardo do Campo, e o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, onde o ex-presidente e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, prestavam depoimento à PF.

No Aeroporto de Congonhas, os dois grupos saíram do lobby onde ficam os portões de embarque e se dirigiram para a frente de outro escritório da PF no local, onde Lula e Okamoto prestaram depoimento e saíram de carro. No caminho, os dois grupos se enfrentaram com socos e pontapés. Vários parlamentares petistas apareceram nas janelas do local acenando para a militância.

Em São Bernardo, cerca de 200 manifestantes ocupam a rua em frente ao prédio onde moram Lula e dona Marisa. Uma pessoa foi detida por agressão, segundo a Polícia Militar. Ao menos três vezes os policiais foram obrigados a conter os grupos e usaram gás de pimenta. Os xingamentos de ambos os lados são constantes. Carros passam perto do local fazendo buzinaço.

Em São Bernardo do Campo, os dois grupos – contra e a favor – chegaram à Avenida Prestes Maia logo que foi divulgada a 24ª fase da Operação Lava-Jato, realizada desde o fim da madrugada desta sexta-feira. A Polícia Federal chegou ao prédio por volta das 6 da manhã em carros descaracterizados, que entraram pela garagem do edifício. Além de busca e apreensão na residência do petista, a PF levou Lula coercitivamente para prestar depoimento no Aeroporto de Congonhas.

A Polícia Militar e a Guarda Civil foram acionadas para conter a confusão entre os grupos e tentaram fazer uma barreira precárias com fitas e cordas. Por conta da movimentação, carros da PF e da Receita Federal que tentavam cumprir busca e apreensão no apartamento do petista tiveram dificuldade de passar.

O grupo ligado ao ex-presidente a todo momento entoa gritos de ordem como “Lula é o melhor presidente do Brasil”. Do outro lado, os contrários gritam “Cadeia”.

TUMULTO EM CONGONHAS

Em frente à delegacia da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, o movimento começou com curiosos. Depois, começaram a chegar manifestantes anti-Lula.

O ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), absolvido pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, discutiu com manifestantes anti-Lula no aeroporto. O bate-boca começou porque ele começou a defender o PT. Ele havia desembarcado de um voo vindo de Brasília, quando soube da nova fase da Operação Lava-Jato.

– Eu fui absolvido por 10 a 0. Mas sofri uma execração nacional como estão fazendo com o Lula. Estou voltando de Brasília e vi na internet que ele estaria aqui – falou o ex-deputado.

ACESSO AO INSTITUTO LULA FECHADO

O entorno do Instituto Lula foi fechado pela Polícia Militar para evitar a aproximação de manifestantes e curiosos. Em São Paulo, na Superintendência da Polícia Federal, que fica na Lapa, Zona Oeste, o atendimento ao público foi cancelado. Os portões estão fechados e quem tinha agendamento para tirar passaporte é orientado a remarcar. A mesma orientação vale para quem for retirar o documento.


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