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Manifestantes fazem ato contra impeachment na Praça da Sé, em SP

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SÃO PAULO – Representantes de dezenas de entidades e movimentos sociais realizam na tarde desta quinta-feira mais um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Praça da Sé, em São Paulo. De acordo com a organização, 40 mil pessoas estão presentes no ato. Já de acordo com a Polícia Militar, ainda não há estimativa de público.

Estão presentes no ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da juventude de partidos como PT e PSOL. Também há pessoas sem vinculação com partidos e representantes de entidades estudantis, sindicais e também religiosas. Membros da torcida do Corinthians também se juntaram ao ato.

Os principais alvos dos manifestantes são o juiz Sérgio Moro, que conduz os processo da Operação Lava-Jato , e o ministro do STF Gilmar Mendes, além de líderes da oposição, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Cunha (PMDB). Os manifestantes pedem investigações sobre eventual pagamento de propina em Furnas e sobre as contas de Cunha no exterior.

O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, atacou o vice-presidente Michel Temer.

– O Temer tinha a chance de passar para a história como um constitucionalista, mas vai entrar para a história como um golpista – disse o dirigente petista.

Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo e da Frente Brasil, fez uma avaliação positiva da manifestação. Segundo ele, até o momento são 40 mil pessoas na praça.

– É importante dizer que ainda não chegamos no ápice da manifestação. Foi uma mobilização muito rápida, tivemos apenas 15 dias para organizar tudo. Outro ponto positivo é que recebemos fotos de movimentos na Inglaterra, Uruguai e Espanha, o que mostra uma mobilização grande.

Já o tenente coronel Motta, do 34º Batalhão, responsável pelo policiamento na área, preferiu não estimar o público presente na Praça da Sé:

– É uma região com muitas árvores, não consigo ter uma visão ampla de onde estamos. Prefiro não divulgar um número, para não entrar em polêmica. A Secretaria de Segurança Pública terá condições de divulgar um número com base nas imagens feitas do alto – afirmou.

Em comunicado de convocação para o protesto, os organizadores escreveram sobre a necessidade de estar nas ruas para denunciar “a ação antidemocrática de deputados que aceleram a tramitação do impeachment”.

Para o grupo, “não há base legal” para o impedimento de Dilma, por isso qualquer iniciativa neste sentido, no Congresso, deve ser tratada como “golpe”.

Os organizadores criticaram o argumento dos autores do pedido, que acusam a presidente de cometer crime de responsabilidade por meio de “pedaladas fiscais”.

“Dilma usou dinheiro da Caixa Econômica para bancar programas sociais e adiou o repasse dos recursos para o ano seguinte para fechar as contas no azul. No ano seguinte, ela fez o repasse normalmente”, escreveram as lideranças pró-Dilma no comunicado.

Para eles, “não se trata de ação para obter benefícios pessoais”. Os movimentos finalizam a nota dizendo que “outros presidentes e governadores utilizaram esse mesmo artifício fiscal”.


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