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Manifestações contra o impeachment ocorrem em 16 estados e no DF

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SÃO PAULO e RIO — Movimentos sociais contrários ao processo de impeachment de Dilma Rousseff bloquearam em protesto trechos de avenidas e rodovias do Distrito Federal e de pelo menos 16 estados do país na manhã desta terça-feira. Os protestos foram organizados pela Frente Brasil Popular, que reúne movimentos sociais como o MST, centrais sindicais e partidos de esquerda, com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Na capital paulista, foram realizados atos em pelo menos cinco locais, o que causou transtornos no trânsito da cidade. Manifestantes fecharam trechos da Avenida 23 de maio, da Marginal Pinheiros, da Marginal Tietê, da Rodovia Hélio Schmidt, na direção do aeroporto de Guarulhos e da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na Zona Norte.

Motoristas relataram estar atrasados para chegar ao trabalho; outros estavam preocupados que seriam multados em dia de rodízio. Às 7h30min, havia cerca de 518km de congestionamento, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Também foram registradas manifestações em cidades do interior do estado.

As manifestações começaram por volta das 6h e provocaram vários nós no trânsito de São Paulo. Aos poucos a polícia foi liberando as faixas e, por volta das 9h, não havia mais interdições. A Avenida 23 de Maio, que dá acesso ao Aeroporto de Congonhas, também foi fechada nos dois sentidos pelos manifestantes na altura da Praça da Bandeira, onde fica um terminal de ônibus. Manifestantes atearam fogo em pneus e chegaram a esvaziar os pneus de um ônibus que tentava deixar o local. Uma nuvem de fumaça preta saiu de pneus queimados.

Na Marginal Pinheiros, a pista expressa foi liberada por volta das 7h. A via ficou fechada por cerca de 45 minutos no sentido da rodovia Castello Branco. A Marginal Tietê também teve manifestações pela manhã. Por volta das 8h, a polícia usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, que bloqueavam a via na altura entre as ponte Aricanduva e Tatuapé.

A rodovia Hélio Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, também foi palco de protestos. O trânsito na região foi normalizado pouco depois das 8h. A Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na Zona Norte da cidade, também foi interditada, mas liberada poucos minutos depois.

Além de São Paulo, foram registrados protestos no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, Pernambuco, Pará, Piauí, Santa Catarina, Espírito Santo, Maranhão, Ceará, Paraná, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rondônia e Bahia, além do Distrito Federal, segundo o portal G1, da TV Globo.

No Rio, um manifestantes chegaram a fechar completamente um trecho da BR-101, na altura de Itaguaí, na Região Metropolitana. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trecho da rodovia na altura do km 394 foi bloqueado em ambas as direções, e os integrantes do ato atearam fogo em pneus.

Agentes da PRF foram acionados para o local e, após negociações, a via foi totalmente liberada. Durante o protesto, muitos manifestantes empunhavam faixas vermelhas que estampavam dizeres como ‘Não vai ter golpe’. Além disso, outros seguravamm bandeiras com as iniciais da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

No Rio Grande do Sul, as interdições começaram logo no início da manhã. A Região Metropolitana de Porto Alegre foi a mais afetada. Por volta do meio-dia, os manifestantes foram liberando os trechos interditados nas rodovias federais. Ao menos sete pontos chegaram a ser interditados completa ou parcialmente. Houve bloqueio na BR-285, no km 588, em Santo Antônio das Missões; na BR-386, no km 178, em Carazinho; na BR-392, no km 8,9, em Rio Grande; na BR-392, no km 60, em Pelotas (Canal São Gonçalo); na BR-153, no km 4, em Marcelino Ramos; na BR-386, no km 178, em Carazinho; na BR-386, no km 432, em Nova Santa Rita.

Na Bahia, os protestos deixaram o trânsito complicado em avenidas de Salvador e rodovias baianas. No centro da capital baiana, bancos abriram mais tarde e parte das lojas fechou. Em algumas escolas da rede estadual, não houve aulas. Até por volta das 12h, ainda havia protesto na BA-522, em Madre de Deus, região metropolitana de Salvador, onde um longo congestionamento se formou.

No Espírito Santo, pelo menos três jornalistas foram agredidos durante a manifestação contra o impeachment no Centro de Vitória, na manhã desta terça-feira. Um homem acusado de agredir os profissionais foi identificado e levado para a delegacia. Um outro manifestante ligado ao Sindicato dos Portuários é suspeito de tentar jogar um rojão de escala 4 em um dos jornalistas. Ele foi preso em flagrante e levado para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória. Camilo de Lelis Santos Cardoso pagou fiança de R$ 5 mil e foi liberado, segundo o G1.

Os protestos contra o impeachment fecharam duas vias, uma no centro de Vitória, em frente ao Palácio Anchieta, e outra no km 7,9, da BR-262, em Viana. Os dois atos terminaram ainda durante a manhã, e as vias já foram liberadas.


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