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Lula diz que vai para o governo Dilma para ‘ajudar e não brigar’

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SÃO PAULO – Em seu primeiro discurso após aceitar ser ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que “não existe espaço para ódio” no país e que ele aceitou participar do governo Dilma Rousseff “não para brigar, mas para ajudar”.

— Na hora em que a companheira Dilma me chamou eu hesitei muito. Ao aceitar ir para o governo veja o que aconteceu comigo: eu virei outra vez Lulinha paz e amor. Eu vou lá não para brigar mas para ajudar a presidenta Dilma fazer as coisas que têm que ser feitas nesse país. E não vou lá achando que aqueles que não gostam de nós são menos brasileiros do que a gente ou que a gente é mais brasileiro que eles — disse.

Apesar de cartazes e faixas contra o juiz Sérgio Moro, da Lava-Jato, e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o ex-presidente centrou seus ataques na oposição. Ele criticou a propagação do “ódio” no país e acusou os derrotados na última eleição de não saberem perder.

— Eu não quero que quem votou no Aécio (senador Aécio Neves, do PSDB) vote em mim nem quem votou na Dilma vote nele. O que eu quero é que a gente aprenda a conviver de forma civilizada com as nossas diferenças.

De cima do carro de som, Lula, vestindo uma camisa vermelha, gritou com a multidão “Não vai ter golpe”.

— Tem gente neste país que falava em democracia da boca para fora. Eu perdi eleições em 89, 94, 98 e em nenhum momento vocês me viram ir pra rua protestar contrea quem ganhou. Eles acreditaram que iam ganhar. E quando a presidenta Dilma ganha, eles que se dizem social democratas e estudados, estão atrapalhando a presidenta Dilma a governar esse país.

Lula chegou a citar Jesus Cristo em seu discurso.

— Eles vestem roupa amarela e verde para dizer que são mais brasileiro que nós. Corte a veia deles pra ver se o sangue é verde e amarelo. É vermelho como o nosso. Eles não são mais brasileiro que nós. Eles são o tipo que vai para Miami comprar roupa e a gente compra na 25 de Março.

No final do pronunciamento, de quase meia hora, o ex-presidente conclamou a militância a não se envolver em confusão.

— Vocês ao voltarem para casa, não aceitem provocação. Quem quiser ficar com raiva, que morda o próprio dedo.

Falando como ministro, Lula disse que fez a Dilma um único pedido.

— Eu falei para ela: ‘Dilma, eu não vou pedir muito para você. Eu só quero que você, Dilma, sorria pelo menos 10 vezes por dia. Deixa de ficar mal humorada para governar esse país com a tranquilidade que você precisa. Na terça-feira eu vou levar para ela uma fotografia disso aqui para ela ver que nem tudo em São Paulo é negativo — disse, garantindo que próxima semana estará “servindo” à presidente.

Lula chegou à Avenida Paulista por volta das 19 horas, quando a manifestação contra o impeachment de Dilma já havia iniciado há três horas.

Até chegar ao palco da Avenida Paulista, as primeiras palavras públicas de Lula sobre a divulgação da conversa entre ele e Dilma pela Lava-Jato havia sido por meio de uma carta aberta à nação na noite de quinta-feira. No texto, ele disse ter sido vítima de “atos injustificáveis de violência” ao se referir à gravação telefônica e também fez um gesto ao Judiciário, dizendo acreditar na Justiça.

Lula discursou rodeado de lideranças do PT e do PC do B, entre elas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP). Haddad criticou a divulgação de conversas telefônicas sobre a intimidade da família do ex-presidente.

— Isso é uma violência. Ninguém pode ter suas conversas íntimas publicadas para deboche das pessoas — afirmou o prefeito.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu que o país se “livre” do juiz Sergio Moro.

— Esse é um ato pela democracia. Aqui não tem ninguém que quer fazer do ódio sua palavra ou dividir o Brasil em dois. O Brasil está sofrendo um golpe da democracia onde um juiz acha que pode substituti um voto. Quem manda somos nós que temos voto. O Moro não grampeou o Lula e a Dilma, mas a democracia, o estado de direito e o Brasil. Vamos nos livrar do Moro — disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Até fazer esse discurso, as primeiras palavras de Lula sobre a divulgação da conversa entre ele e Dilma pela Lava-Jato foram por meio de uma carta aberta à nação na noite de quinta-feira. No texto, ele disse ter sido vítima de “atos injustificáveis de violência” ao se referir à gravação telefônica e também fez um gesto ao Judiciário, dizendo acreditar na Justiça.

Lula discursou rodeado de lideranças do PT e do PC do B, entre elas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP). Haddad criticou a divulgação de conversas telefônicas sobre a intimidade da família do ex-presidente.

– Isso é uma violência. Ninguém pode ter suas conversas íntimas publicadas para deboche das pessoas – afirmou o prefeito.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu que o país se “livre” do juiz Sergio Moro.

– Esse é um ato pela democracia. Aqui não tem ninguém que quer fazer do ódio sua palavra ou dividir o Brasil em dois. O Brasil está sofrendo um golpe da democracia onde um juiz acha que pode substituti um voto. Quem manda somos nós que temos voto. O Moro não grampeou o Lula e a Dilma, mas a democracia, o estado de direito e o Brasil. Vamos nos livrar do Moro – disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.


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