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Homens são presos acusados de aplicar golpe de ‘pirâmide financeira’ que movimentou R$ 250 milhões

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Homens acusado de montar um esquema de ‘pirâmide financeira’ para faturar com a venda de moedas virtuais fez vítimas em quase todo o Brasil. A Operação Patrick, deflagrada nesta quinta-feira (21) pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

Muitas das vítimas dos estelionatários não conseguirão reaver o prejuízo. Como o esquema já estava caindo porque novos “investidores” não estavam entrando, os saques foram bloqueados. No início, as pessoas que aplicavam no Kriptacoin conseguiam resgatar até R$ 600 por dia. Depois, os responsáveis colocavam a meta de saques apenas uma vez por semana.

O promotor Paulo Binickeski disse que existe a suspeita de que a própria organização criminosa tenha feito denúncias anônimas no MPDFT para tentar descobrir se havia alguma investigação em curso. Ao todo, a Justiça expediu 13 mandados de prisão preventiva. Destes, 11 foram detidos nesta quinta.

Os investigadores apreenderam muitos bens, entre eles, carros de luxo, que poderão ressarcir as vítimas. “As pessoas que conseguiram enriquecer ilicitamente por meio do golpe terão que devolver o dinheiro”, disse o promotor, em coletiva à imprensa.

De acordo com o promotor, as vítimas devem procurar as delegacias de polícia da região em que moram e apresentar os documentos que provam o investimento.

Sócios e diretores da empresa Wall Street Corporate, criadora da moeda digital Kriptacoin, são alvo da operação. Os crimes investigados são: lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsificação de documentos e pirâmide financeira. Segundo as investigações, a organização criminosa movimentou R$ 250 milhões.

Cerca 40 mil pessoas teriam investido na moeda e podem ter sido lesadas. O negócio, que funciona em esquema de pirâmide, visa apenas a encher o bolso dos investigados, alguns deles com diversas passagens pela polícia por uma série de crimes. Entre eles, estelionato.

Durante a operação, os investigadores acharam até um cofre em uma academia de Vicente Pires, com cerca de R$ 2 milhões. O estabelecimento é de propriedade de Marcos Kazu Viana Oliveira, um dos presos nesta quinta.

Dois dos principais alvos da operação são os irmãos Welbert Richard Viana Marinho, 37 anos, e Weverton Viana Marinho, 34. Com o mais velho, os investigadores encontraram R$ 33 mil e passaportes.

Os irmãos não têm os nomes publicados no site da empresa e não constam como sócios nos dados da Receita Federal, mas se apresentam como presidentes do grupo. O empresário Fernando Ewerton, 30 anos, herdeiro de uma concessionária de Brasília, que atua como diretor, também é alvo da operação.

Um dos acusados, Fernando Ewerton, chorou ao ser preso nesta quinta. Ele teria investido R$ 1 milhão para abrir a empresa.

Confira os nomes dos presos:

Marcos Kazú Viana Oliveira
Os irmãos Weverton e e Welbert Marinho
Fernando Ewerton
Wellington Junior
Hildegard Melo
Franklin Delano
Thaynara Carvalho
Urandy Oliveira
Sérgio Vieira de Souza
Alessandro Bento (um dos administradores da empresa)


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