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Haddad: ‘relação com PMDB continua proveitosa’

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SÃO PAULO – Na véspera da votação em que o PMDB decidirá se vai romper com o governo de Dilma Roussef, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que a relação com o partido continua boa na esfera municipal independentemente do que aconteça em nível federal. Durante palestra para universitários das FGV-SP, ele evitou falar do PT. Após o debate, ele se negou a falar de impeachment e elogiou Gabriel Chalita, seu secretário de Educação e possível candidato a vice-prefeito em sua chapa pela reeleição.

– O PMDB, na Câmara (Municipal) tem apoiado os projetos do executivo. Votou a Lei de Desocupação, os quatro votos do PMDB foram a favor da Lei do Zoneamento. Entendo que estamos conseguindo manter uma relação proveitosa, independentemente do que vá acontecer no plano federal. Estamos com sucesso no diálogo com a Câmara – disse Haddad, recusando-se a comentar a provável decisão de que o PMDB desembarque do governo Dilma. – Isso tem que perguntar para o PMDB. Não posso interferir na vida interna (do partido).

Durante o debate promovido pelo Diretório Acadêmico do curso de Administração Pública da FGV-SP, o prefeito tergiversou quando questionado pelo estudante Alberto Haber sobre como dissociar sua imagem do seu partido ou “como convencer as pessoas que não faz parte do PT corrupto”. Em sua longa resposta, Haddad preferiu criticar as planilhas da Odebretch divulgadas com nomes de vários partidos, destacando que havia políticos da oposição com reputação ilibada entre eles.

– Temos um período de decantação desse drama nacional, com muita cautela para que a depuração aconteça sem viés para um lado ou para o outro e a verdade emerja. Não estou falando de gente do meu partido mais. Esqueçam o PT. Estou vendo muita gente séria até de oposição ao PT que já tem seu nome questionado em função de uma anotação, planilha, do diabo, às vezes de um detrator. Temos que saber levar esse processo até o fim punindo quem cometeu alguma irregularidade. Tenho que ter coragem de defender a pessoa, mesmo que seja do PSDB e do DEM, se ela age com probidade e com respeito ao interesse público.

Questionado pelo GLOBO a que nomes da oposição ele se referia, Haddad não quis revelar, mas interlocutores dizem que ele ficou bastante irritado com a citação do governador Geraldo Alckmin em uma das planilhas:

– Conheço gente muito séria na oposição, que eu respeito, gente proba. Não quero fulanizar o debate. Se um dia for necessário que eu fale o nome, eu falo. O momento não é o caso. Gostaria que esse processo chegasse ao fim, obviamente apurando toda a verdade e punindo os responsáveis, mas salvaguardando as pessoas honestas que estão na vida pública. Não fiz referência nem a mim nem ao PT. Torcemos pela verdade, que significa punir e também inocentar.

Haddad também elogiou Gabriel Chalita, provável candidato a vice-prefeito em sua chapa para a reeleição, que já estuda a migração do PMDB para o PDT:

– O Chalita é um amigo de longa data e um dos maiores educadores do Brasil, um nome de destaque, que pode servir a qualquer governo. Tenho a honra de ele ter aceitado o convite para estar com a gente há mais de um ano cumprindo as metas estabelecidas pelo governo, sobretudo ampliando vagas em creche, pré-escola e universidades Mas o destino dele tem que ser perguntado a ele.


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