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Ex-ministro de Dilma diz que rever atos da petista é ‘retrocesso e inaceitável’

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BRASÍLIA – Ministro de várias áreas nos treze anos de governos do PT, Miguel Rossetto – que esteve à frente do Desenvolvimento Agrário, da Secretaria Geral da Presidência e do Trabalho e Previdência – atacou o início de gestão do presidente interino Michel Temer (PMDB). Rossetto chamou Temer de “impostor” e classificou como retrocesso e inaceitável a revisão de atos da presidente afastada Dilma Rousseff, como revelou o GLOBO nesta segunda-feira.

Rossetto afirmou que ocorreram conquistas sociais ao longo dos anos para populações até então não contempladas por políticas públicas.

— É inaceitável. Inaceitável (rever atos de Dilma). Toda essa agenda regressiva e violenta de retirada de direitos será combatida. As políticas públicas beneficiaram milhões de brasileiros, como quilombolas, os assentados da reforma agrária. São agendas públicas construídas para uma parcela que nunca teve voz — disse Miguel Rossetto, que atacou as primeiras medidas anunciadas por Temer de reformulação da administração.

— A extinção do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) é um profundo retrocesso. Tratar agentes produtivos e econômicos do campo como merecedor tão somente de assistência social é um erro estratégico e um desrespeito às conquistas dessa parcela da sociedade — disse Rossetto, se referindo a transferência do MDA para o Ministério do Desenvolvimento Social.

— E mais. Tratar a Previdência (agora sob o guarda-chuva do Ministério da Fazenda) como tema fiscal é cruel. É um rompimento brutal. E a sociedade não vai aceitar.

Rossetto falou ainda que a reunião do Diretório Nacional do PT nesta terça irá decidir pelo tratamento do governo Temer como um governo de ruptura democrática e não como algo normal numa democracia.

— Teremos uma agenda muito forte de denunciar esse golpe e que Temer é um impostor. Não haverá aceitação de nenhuma normalidade democrática. Vamos continuar a mobilização nas ruas, no Senado, no Supremo (STF).


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