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Em Q.G. de Temer, planilha registra desde dezembro apoios a processo

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Brasília São diversos os aliados do vice-presidente Michel Temer que atuam, desde o ano passado, para viabilizar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entre os principais da linha de frente, estão os ex-ministros do governo Dilma Eliseu Padilha e Moreira Franco, o senador e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), e o ex-deputado Geddel Vieira Lima (BA).

Segundo relatos, as reuniões do grupo, inclusive com a presença de Temer, têm sido constantes, no Palácio do Jaburu ou na residência de algum deles. Ao menos uma vez ao dia alguns deles se fecham em salas reservadas nas quais é proibido levar aparelhos celulares. A combinação é evitar vazamentos das negociações mais avançadas até que o impeachment seja votado. No entanto, parte do que o “quartel-general” de Temer discute tem sido selecionadamente revelado como um teste de aceitação junto à opinião pública.

Padilha, expert em planilhas e controle de votos desde a Constituinte, trabalha no mapeamento de votos desde dezembro passado, quando deixou o governo logo após a deflagração do impeachment. Depois que Jucá foi alçado à presidência do partido no lugar de Temer, Padilha passou a despachar com mais frequência da Fundação Ulysses Guimarães, presidida por Moreira, que fica no 26º andar da Casa.

O ex-ministro recebe de parlamentares aliados e dirigentes partidários atualizações em tempo real sobre os votos dos deputados. Foi Padilha que comandou a convenção do partido, em março, que marcou o afastamento do governo e aprovou moção que proibia peemedebistas de assumirem novos cargos no Executivo.

— A expressão mais ouvida nesta semana foi o “efeito manada” que fez restarem contra o impeachment apenas PT, PCdoB e PSOL. Fechei a planilha agora à noite (de sexta-feira) e tem 368 deputados a favor do impeachment. E o efeito manada continua — disse Padilha ao GLOBO.

Outro membro atuante do grupo do vice-presidente é o ex-governador e ex-ministro Moreira Franco, que tem na guerra pelo impeachment o papel de formulador político. Foi ele quem elaborou o “Plano Temer”, apelido que o próprio deu ao programa de governo do PMDB no ano passado, contendo medidas opostas às adotadas por Dilma, o “Ponte para o Futuro”. Com menos trânsito entre os parlamentares, Moreira ficou encarregado de sistematizar os documentos que darão a cara de um eventual futuro governo Temer.


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