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Em manifestação, estudantes pedem CPI da Máfia da Merenda

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SÃO PAULO – Um grupo de estudantes da rede pública de ensino de São Paulo ocupou a Assembléia Legislativa, na tarde desta terça-feira, para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis desvios de verba pública pela chamada Máfia da Merenda. A manifestação acontece no mesmo dia em que sete pessoas, incluindo o ex-presidente da Alesp Leonel Júlio, foram presas por fraudes na alimentação dos alunos das redes municipal e estadual, no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

“Lutar, criar, poder popular” era um dos gritos de guerra dos manifestantes que pediam a palavra. Eles também criticavam o governador Geraldo Alckmin, a quem acusavam de não dar prioridade à educação e de fechar escolas. O grupo prometeu “parar a cidade” se o tucano não melhorar o ensino no estado.

— Estamos aqui para denunciar esse absurdo e colocar para os deputados que continuamos na luta – explicou Cauê Borges, de 17 anos, estudante da Escola Técnica de São Paulo (Etesp).

O ato foi pacífico e durou cerca de uma hora. Em seguida, os alunos chegaram a fechar os dois sentidos da Avenida Pedroso Álvares Cabral, em frente à Alesp. Durante a interdição da via, um grupo de estudantes afirmou ter sido agredido por policiais militares. O adolescente Arpad Kiss, de 17 anos, mostrou ferimento na costela após discussão que teria ocorrido entre ele e um agente.

— Eles pediram a gente para sair, eu disse que não ia, então o policial me pegou e me lançou. Ainda disse que ia deixar os carros passarem por cima. Duas amigas foram agredidas também. Vou sair daqui e ir direto na delegacia fazer BO (boletim de ocorrência).

Questionada, a PM disse apenas que o estudante tinha o direito de fazer o registro.


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