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Dilma irá a acampamento de movimentos contra o impeachment

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BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff planeja ir ao acampamento dos movimentos contra o impeachment, em Brasília, neste sábado, para reforçar a mobilização da militância, às vésperas da votação do processo de impedimento na Câmara, prevista para o domingo.

Na manhã desta quinta-feira, uma equipe do Palácio do Planalto discute, com a organização do acampamento, os detalhes da ida da presidente Dilma Rousseff ao local, que deve ocorrer na parte da manhã.

 

Os acampados – do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros grupos – já somam cerca de 3 mil pessoas, segundo Antônio Pereira, da coordenação nacional do MST. Ele diz esperar 50 mil pessoas no sábado, acampadas, para receber Dilma.

– A vinda da presidenta Dilma é importante até para fortalecer mais esse diálogo com os movimentos do campo. Ela trará para nós um sinal importante de luta – afirma Antônio.

Parlamentares e ministros do PT estiveram nesta quinta-feira no acampamento. Em um discurso duro, o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, afirmou que o vice-presidente, Michel Temer, quer tomar o poder por meio de um golpe.

– Não tem essa de atalhar via golpe, rasgando a Constituição e a democracia – afirmou Rossetto, a uma pequena plateia no acampamento, que aplaudia o discurso.

Rossetto disse estar “seguro” de que o impeachment será barrado na Câmara. Caso contrário, disse ele, o governo lutará em outras “trincheiras democráticas”, mencionando o Senado e o Supremo Tribunal Federal.

Esteve também no acampamento Patrus Ananias, exonerado do cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário para assumir a função de deputado federal e votar contra o impeachment na Câmara. Ele disse que foi levar uma palavra de ânimo à militância antes mesmo de se dirigir à Câmara.

– As forças conservadoras, que sempre foram contrárias ao Bolsa Família, ao BPC (Benefício de Prestação Continuada, ao cumprimento da função social da terra, querem tomar o poder. É importante determos o golpe para preservar o Estado Democrático de Direito e preservar as conquistas sociais – ressaltou Patrus.


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