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Defesa diz que PF entrou em empresa de filho de Lula sem mandado

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SÃO PAULO – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a Polícia Federal entrou em dois endereços que não estavam na lista de mandados de busca e apreensão da 24ª Fase da Lava-Jato. Segundo o advogado Roberto Teixeira, os policiais levaram laptops e HDs dos escritórios da Touchdown e da LFT Marketing Esportivo, empresas registradas em nome de Luis Cláudio Lula da Silva.

As duas firmas ficam no quinto andar de um prédio na Rua Padre João Manuel, nos Jardins, Zona Sul de São Paulo. No terceiro andar desse mesmo edifício, os policiais federais cumpriram mandados de busca nas empresas G4 e a Flexbr, registradas em nome de outros filhos de Lula. Segundo Teixeira, a diligência “atingiu bens e documentos que jamais poderiam ter sido objeto desta medida cautelar, apreendidos em local diferente no constante do mandado”. O advogado pediu a imediata devolução do material apreendido.

Na lista de mandados de busca e apreensão autorizados pelo juiz Sérgio Moro na semana passada não aparece o nome de nenhuma das empresas de Luis Cláudio. A autorização para a diligência estipula o terceiro andar do imóvel para a busca dos policiais, e não cita o quinto andar. Procurada na noite desta terça-feira, a Polícia Federal não respondeu sobre os mandados. Moro ainda não se pronunciou, no processo, sobre o pedido da defesa de Lula.

Também nesta terça-feira, o advogado pediu ao juiz Sérgio Moro um relatório de todos os processos em que o ex-presidente Lula é investigado. Teixeira quer saber, ainda, se seu nome aparece em alguma investigação. No documento, o advogado escreveu que no relatório devem constar “todos os processos, procedimentos ou incidentes vinculados ao presente feito ou não, em regime de sigilo ou não, que envolvam o nome do Peticionário, em nome do Princípio da Ampla Defesa.”

A defesa de Lula reclama que a senha de administrador do servidor de emails do Instituto Lula foi alterada após o cumprimento do mandado de busca e apreensão no imóvel, o que está prejudicando o trabalho da entidade. Representando também as noras do ex-presidente, Teixeira pede a devolução de telefones e computadores das mulheres dos filhos de Lula, que foram apreendidos pela PF na última sexta-feira.


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