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Cunha lista advogados como testemunhas de defesa no Conselho de Ética

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BRASÍLIA – Entre as oito testemunhas de defesa listadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), há advogados contratados por ele, dois advogados suíços, integrantes da Câmara de Comércio Brasil-Zaire nos anos 80, além do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Cunha listou membros da associação de comércio Brasil- Zaire ( hoje Congo) porque diz que o dinheiro que tem das contas no exterior veio de negócios de venda de produtos, entre eles, carne enlatada, que fez na década de oitenta.

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), leu os nomes dos oito listados e avisou que irá conversar com Cunha para saber se a Câmara pagará o deslocamento das testemunhas.

— Vou perguntar ao presidente da Câmara e saber se a Casa irá custear as despesas para trazer os advogados da Suíça. Em outros processos, a Casa se negou a custear. Serão despesas de alto custo. Será que é a Casa ou o próprio deputado (Cunha) quem pagará? Eles vêm como testemunhas, não como advogados dele. Serão alguns milhares de dólares, uma certa fortuna para trazer, mas, se for para provar a inocência, acho que vale — disse Araújo.

Cunha listou os seguintes nomes como testemunhas de defesa: o ex-ministro Francisco Rezek (que elaborou para ele parecer sobre trust), professor Tadeu de Chiara, o ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza (seu advogado no processo da Lava-Jato que corre no Supremo), os advogados suíços Didler de Montmollin e Lúcio Velo, e Joaquim Torre Loureiro e Carlos Melo Prado, dois integrantes da Câmara de Comércio Brasil-Zaire, além do deputado Luiz Sérgio.

Normalmente, depois que os representados indicam os nomes das testemunhas, o conselho pede que repassem os endereços e contatos. De acordo com assessores, o conselho faz ofício à presidência da Câmara para o custeio das passagens e a Câmara autoriza.


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