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Cunha diz que pediu doação legal à Odebrecht e ri do apelido ‘caranguejo’

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BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu nesta quarta-feira rindo e demonstrando tranquilidade em relação à planilha apreendida pela Polícia Federal com uma lista de doações há mais de 200 políticos do país, incluindo ele próprio. Cunha disse não temer a delação premiada que será feita por representantes da empresa. O presidente admitiu ainda que pediu a representantes da Odebrecht doações de campanha para o PMDB, citando o nome de Henrique Eduardo Alves, atual ministro do Turismo. Mas que não recebeu doação direta da empresa e sua campanha.

Cunha negou que ele ou o PMDB, tenham recebido doação de caixa 2, ou seja não declaradas à Justiça eleitoral.

— Não existe doação de caixa 2. Nem para mim, nem para o o PMDB. Só de caixa 1 — disse Cunha.

Indagado sobre quem ele procurou e a quem fez os pedidos de doação para o PMDB, Cunha respondeu:

— Não me recordo com quem. O presidente da construtora, o presidente da outra empresa, enfim não me recordo com quem, mas efetivamente houve. Não foi só comigo não, às vezes tinham reunião no próprio PMDB, de várias pessoas do PMDB com quem era o representante deles para pedir. Isso é uma prática normal. Não estou dizendo que não conheço a pessoa A, B ou C. Eu não sei, não lembro a quem foi pedido e nem sei se é essa circunstância. Não vi esse documento, falo em tese. Tenho certeza que na minha campanha não foi, mas pedir para o PMDB, pedi sim.

Quando os jornalistas perguntaram sobre a citação na planilha e o apelido de “caranguejo”, antes de responder Cunha riu:

— Eu não vi que planilha é, mas doação de empresas, várias fizeram porque foram pedidas. Não sei exatamente qual é. Certamente para a minha campanha não foi. Pedi para o PMDB e foram realocadas em outras campanhas, como já falei outras vezes. É normal. A Odebrecht doou para o PMDB e, em alguns momentos eu também pedi para a campanhas, a do Henrique.

Os repórteres insistiram em saber se é normal ter apelidos, como o dele e de outros, e Cunha disse que isso tem que ser perguntado a quem colocou.


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