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Cunha classifica como ‘um pouco exagerado’ pedido de prisão de Lula

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BRASÍLIA — Mesmo ressalvando que não leu a denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo, o presidente da Câmara, Eduardo Cuna (PMDB-RJ), classificou com “um pouco exagerado” o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Indagado se acreditava que tinha sido um gesto ruim para o momento que o país vive, Cunha afirmou:

— Tudo o que é exagerado não é bom. Tudo tem seu ritmo e sempre tem que respeitar a legalidade. Mas, ressalvo que não li, não tenho base para comentar. Aparentemente me parece exagerado.

Para Cunha, no entanto, isso não deverá acirrar os ânimos para a manifestação do próximo domingo e ninguém vai deixar de ir ou vai comparecer em razão desse fato.

— Acho que não (acirra). As manifestação vão ocorrer porque já iriam ocorrer. Pode acirrar o clima se gerar confronto de um ou de outro lado. Mas acho que não.

CONVENÇÃO DO PMDB

Cunha permanece em Brasília para participar da convenção nacional do PMDB marcada para amanhã. O presidente da Câmara afirmou que o tema do desembarque do PMDB deve ser discutido no encontro, mas que não sabe qual o caminho será adotado pelo partido. Cunha defende, desde o ano passado, o rompimento do PMDB com o governo Dilma Rousseff.

— Eu não sei ainda (o que vai acontecer). Teremos muitas reuniões hoje, amanhã, vai ter moções, vamos aguardar. A convenção é soberana para decidir.

IMPEACHMENT DE DILMA

O presidente da Câmara afirmou ainda que é possível que em 45 dias o pedido de impeachment da presidente Dilma seja apreciado pelo plenário da Câmara. Segundo ele, este é um cálculo possível se o cronograma previsto na lei e no regimento interno da Casa for seguido.

— Se você respeitar todo o cronograma do que se tem estipulado na lei e no regimento, começando a partir de quinta-feira (da próxima semana), é um previsão possível. Depende de outros fatores, como obstrução, qualquer tipo de recurso à Justiça por outras motivações, o que é do processo normal — disse Cunha, acrescentando:

— Mas se seguir o rito, os prazos da comissão, defesa, prazo para ir ao plenário, se interpretar o que está ali, 45 dias é um prazo razoável. mas não dá para afirmar que será.

Cunha afirmou ainda que aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os embargos e questionamentos que fez ao rito fixado pela Corte e quer já, na quinta-feira, dar prosseguimento ao processo na Casa:

— Na quinta dou prosseguimento. Vamos ver o que o Supremo decide na quarta-feira. Não posso dizer que eu vou instalar, quero ver o que o Supremo vai decidir. O processo volta ao curso da continuidade.


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