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Começa na Câmara troca-troca partidário depois da promulgação da janela da infidelidade

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BRASÍLIA — A Câmara já registra três mudanças de legenda depois a promulgação da chamada PEC da Janela da Infidelidade, que libera o troca-troca partidário sem perda de mandato parlamentar por 30 dias. Apesar de apenas três trocas terem sido oficializadas até agora, a movimentação nos bastidores da Câmara é intensa. A estimativa feita por líderes e pelo próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é de que até o final do prazo 10% da Câmara, ou seja, 50 deputados deixem suas legendas para ir para outros partidos.

O primeiro a formalizar o troca-troca foi o deputado pernambucano Ricardo Teobaldo, que está em seu primeiro mandato e foi eleito pelo PTB, já tinha deixado sua legenda para ingressar no novato Partido da Mulher Brasileira (PMB) e ontem, oficializou a ida para o PTN. Nesta quarta-feira o PTN ganhou outro deputado: Antonio Jácome (RN), que também sai do PMN.

O nanico PTN elegeu quatro deputados e já tinha ganhado dois deputados antes da abertura da janela. Com as duas novas adesões, a bancada cresce para oito deputados e a vice-presidente da legenda, deputada Renata Abreu (SP), diz que pelo menos outros quatro devem migrar para o partido. Também foi registrada na Câmara a saída do deputado Vicentinho Junior (TO), que deixa o PSB e ingressa no PR.

A maioria das principais legendas podem perder e ganhar deputados nesse troca-troca. No PMDB, por exemplo, os cálculos são de que entre quatro e cinco deputados deixem o partido, mas número semelhante deverá ingressar, evitando um modificação drástica no tamanho da bancada. Entre os nomes que podem deixar o PMDB estão os dos deputados Laudívio Carvalho (MG), que pode ir para o PP.

Já há trocas ainda não formalizadas, mas confirmadas pelos próprios deputados, como a do líder do PMB, Domingos Neto (CE), que deixa a legenda para se filiar ao PSD. O deputado Jair Bolsonaro (RJ), quer deixar o PP e ir para o PSC, com a garantia de legenda para disputar a Presidência da República em 2018. O líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), deixa o partido para entrar no PPS.

Os partidos designaram interlocutores para conversar com os deputados e tentar convencer os que querem deixar a legenda a ficar e arregimentar mais deputados para a bancada. Segundo os líderes partidários, nesse momento as questões regionais pesarão mais na decisão do deputado de deixar sua legenda.


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