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Brasil registra menores taxas de homicídio em 26 anos após armamento legal ser mais desburocratizado

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Brasil registra menores taxas de homicídio em 26 anos após armamento legal ser mais desburocratizado

Brasil – Um artigo de Fabricio Rebelo para a Gazeta do Povo chama atenção para um dado muito interessante. No último biênio com dados disponíveis, estabeleceu-se a maior redução histórica na taxa de homicídios, com seu retorno a patamares de 26 anos atrás. O mais interessante é que as maiores reduções em homicídios no país se operaram no mesmo intervalo de tempo em que mais se vendeu armas de fogo para seus cidadãos.

Foi exatamente isso que revelaram os dados para os anos de 2019 (finalizados) e 2020 (preliminares), de acordo com os registros no Datasus (banco de dados oficial do Ministério da Saúde), a partir dos quais se constata que, após ter alcançado 30,7 homicídios por 100 mil habitantes em 2017 (a maior já registrada), a taxa de homicídios brasileira começou a ser reduzida já em 2018, quando foi consolidada em patamar 12,64% menor em relação ao ano anterior (26,8 por 100 mil). No ano seguinte, 2019, a redução foi substancialmente maior, com o indicador caindo 21,87%, a maior redução de toda a série histórica, fazendo-o retornar a 20,9 por 100 mil, patamar repetido em 2020. Desde 1993, com 20,2 / 100 mil, a taxa de homicídios não era tão baixa no Brasil.

Internacionalmente, ainda que os números absolutos sejam rotineiramente computados, o indicador referencial preponderante é a taxa de homicídios, que se convencionou calcular para cada grupo de 100 mil habitantes. É algo que, além da já enfatizada possibilidade de se comparar cenários de locais diferentes, reduz substancialmente – se não por completo – a interferência de suas variações populacionais. Afinal, ainda que seja obviamente natural que um país com 200 milhões de habitantes registre mais homicídios do que um com 20 milhões, as taxas por grupos de 100 mil indivíduos que ali estão fornecem a mesma razão comparativa, sendo elementos hábeis a identificar qual deles é proporcionalmente mais violento.

No Brasil, o acompanhamento das taxas de homicídio foi o principal balizador da segurança pública até o início dos anos 2000. Era por elas que se mensurava o quão grave se encontrava a situação de insegurança no país, inclusive em confrontação com os parâmetros da ONU, para a qual se considera violência epidêmica uma taxa de homicídios superior a 10 por 100 mil habitantes.

Com informações via Gazeta do Povo


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