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Bilhete da mulher João Santana deu origem à nova fase da Lava-Jato

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SÃO PAULO — Um bilhete encontrado durante um mandado de busca e apreensão ainda na 9ª fase da Operação Lava-Jato foi o ponto de partida para a operação da Polícia Federal que culminou no decreto da prisão temporária do marqueteiro João Santana na 23ª etapa da operação, batizada como Acarajé.

O documento tem a assinatura da publicitária Mônica Moura, mulher de João Santana, e foi direcionado a Zwi Skornicki — representante do estaleiro Kepper Fels no Brasil e apontado pela Polícia Federal como um dos maiores operadores de propina da Petrobras — e seu filho, Bruno.

João Santana e a mulher são acusados de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior não declaradas à Justiça. Zwi pagou US$ 4 milhões ao casal entre 2013 e 2014.

No conteúdo do texto, a esposa e sócia de João Santana disse que estava enviando o modelo de contrato que ela havia firmado com outra empresa, ressaltando que o contrato a ser firmado com o engenheiro “poderia ser simplificado”, pois o modelo que serviu de base era “muito bucrático. Ela cita na carta que, “por segurança”, não tinha a cópia eletrônica do documento.

Monica Moura ainda diz no bilhete que enviara os dados de sua conta “com duas opções de caminhos, euro ou dólar”, cabendo a Zwi escolher a melhor moeda para um possível depósito. Também foi encontrado um outro papel com o endereço de Monica em São Paulo, na Vila Mariana. Os bilhetes serão incluídos no inquérito da Polícia Federal.

Confira o conteúdo do bilhete na íntegra:

“Zwi/Bruno

Mando cópia do contrato que firmei com outra empresa como modelo. Acho que o nosso pode ser simplificado, este é muito burocrático, mas vcs que sabem. Apaguei, por motivos óbvios, o nome da empresa. Não tenho cópia eletrônica, por segurança. Espero notícias. Segue também os dados de minha conta com duas opções de caminhos, euro ou dólar. Vcs escolhem o melhor.

Grata.

Abs,

Mônica Santana.”


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