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Barroso diz que corrupção é regra espantosa e defende restrição do foro privilegiado

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BRASÍLIA — O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira que a corrupção, sonegação e lavagem de dinheiro se tornaram espantosas no país. Em palestra no seminário sobre grandes casos criminais “Experiência Italiana e Perspectivas no Brasil”, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público Público, Barroso defendeu ainda a continuidade da Lava-Jato até o esclarecimento de todos os casos de corrupção descobertos desde o início das investigações.

— Corrupção, sonegação, lavagem de dinheiro passou a ser a espantosa regra. O errado virou a regra e todo mundo passou a operar nessa regra — disse Barroso.

Para o ministro, uma das razões para a banalização da corrupção seria a impunidade. Barroso falou ainda sobre as dificuldades de se investigar autoridades e voltou a defender a restrição do foro privilegiado apenas para presidente da República, procurador-geral da República e outros chefes de Poder. O ministro defende também a criação de uma Vara especial em Brasília, vinculada ao STF, para processar autoridades.

Para Barroso, o STF não está preparado para julgar determinados casos e citou como exemplo a demora do tribunal em analisar denúncias formuladas pela Procuradoria-Geral da República.

— O prazo médio para recebimento de uma denúncia no Supremo é de 617 dias. Isso é um escândalo. Um juiz de primeiro grau recebe em uma semana — afirmou.


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