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Bancada do PT da Câmara avalia que denúncia contra Lula é ‘frágil’

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BRASÍLIA — Ao condenar a decisão de promotores do Ministério Público de São Paulo de pedir a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS) disse que o pedido amplia o clima de acirramento no país e que o promotor Cássio Conserino deve ser “corresponsabilizado” por eventuais episódios mais graves de enfrentamento durante as manifestações pró-impeachment e contra o impeachment marcadas para o próximo domingo. Pimenta afirmou que, para a bancada do PT, a denúncia do MP de São Paulo é “frágil”, “quase uma provocação” e caracteriza a “parcialidade” dos promotores.

Em entrevista no Salão Verde da Câmara, o petista disse que participará de manifestação no Rio Grande do Sul, no domingo, em favor da legenda e do governo Dilma Rousseff. O vice-líder ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF) está para decidir sobre a competência sobre as investigações que envolvem o ex-presidente Lula e que o correto teria sido aguardar essa decisão.

— O pedido de prisão do presidente Lula é quase que uma provocação por parte de um promotor que não é o promotor natural do caso. Que se antecipa a uma decisão do STF que vai definir as competências para essa investigação e faz isso num momento político do país claramente no sentido de incentivar as mobilizações, as manifestações, ampliar o clima de acirramento, de conflito no país. E ele deve ser corresponsabilizado por qualquer coisa mais grave que venha a ocorrer no país por conta dessa conduta imatura e irresponsável do Ministério Público de São paulo, especialmente do promotor que conduziu essa investigação — disse Paulo Pimenta.

Segundo o deputado, em alguns estados há mobilização de militantes do PT para ir às ruas no domingo e não há como evitar que as pessoas se manifestem.

— Nunca fomos às ruas em busca de conflito. Mas, por outro lado, ninguém vai nos expulsar das ruas, não vamos nos intimidar. Vamos evitar as agressões, mas não vamos ser expulsos das ruas por ninguém — justificou o petista.

O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), divulgou nota na manhã desta sexta-feira em que também critica o pedido de prisão de Lula. Na nota, Afonso diz que é uma tentativa de “calar a maior liderança popular da história política brasileira” e que, como não conseguiram encontrar pistas, “descambaram para a pura perseguição política”.

“As justificativas apresentadas pelos promotores se restringem a opiniões políticas, improcedentes à peça jurídica. Todos os defensores do devido processo legal e da liberdade de opinião política encontram na referida peça improcedência manifesta. Nos posicionamos, incondicionalmente, na defesa da democracia e da liberdade política do ex-presidente Lula “, diz um trecho da nota.


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