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Após sessão relâmpago de substituto de Cunha, deputados festejam em plenário

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BRASÍLIA — Presidente interino da Câmara até o julgamento do processo do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) entrou de repente no plenário e encerrou a sessão desta quinta-feira, convocando outra para amanhã cedo. Na passagem relâmpago, Maranhão não justificou porque decidiu pelo encerramento quando vários deputados se revesavam no microfone para comemorar o afastamento de Cunha pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Revoltada, a deputada Luisa Erundina (PSOL-SP) assumiu a cadeira da presidência e deu sequência à sessão, mas Maranhão mandou desligar as transmissões da TV Câmara.

Ao sair do plenário, Maranhão foi direto ao gabinete da presidência da Câmara, assumindo a condição de presidente interino. Acompanhado pelo secretário-geral da Mesa, Silvio Avelino, ele se negou a responder a perguntas de jornalistas sobre o rito até o julgamento do mérito da liminar do ministro Teori Zavaski.

— Vamos aguardar! — limitou-se a responder Maranhão.

O secretário Silvio Avelino explicou, entretanto, que não procede a informação de que Maranhão tem que presidir cinco sessões e depois convocar novas eleições. Ele disse que o vice-presidente continuará como presidente interino até que o Supremo decida sobre o afastamento definitivo de Cunha e a Câmara decida sobre seu afastamento no plenário.

Inconformada com o encerramento intempestivo, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) liderou um motim no plenário, sentou-se à Mesa e tentou dar continuidade à sessão, mas Maranhão mandou desligar a transmissão da TV Câmara. Ela continuou na Mesa, presidindo a sessão, e os deputados seguiram discursando.

Após o encerramento da sessão, a deputada Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, levantou-se e colocou uma placa na cadeira da presidência da Câmara, com os dizeres “Antes tarde do que nunca!”, em protesto.

Antes, a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) foi ao microfone e gritou:

— Quero dar um grito que estava engasgado em minha garganta há muito tempo: fora Cunha!


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