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Após reintegração, Centro Paula Souza acusa ocupação de vandalismo

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SÃO PAULO – Após a reintegração de posse que retirou os estudantes que ocuparam por oito dias o Centro Paula Souza, em Sâo Paulo, a administração da instituição acusou os manifestantes pelos prejuízos causados no prédio. Em nota, a direção do Centro Paula Souza responsabilizou os estudantes por danos em portas, móveise e equipamentos e pelo furto de HDs, pen drives, telefones e objetos e dinheiro de funcionários. Cinco pessoas foram encaminhados a um distrito policial. Os 500 funcionários já voltaram a seus postos de trabalho. A administração também anunciou que, a partir do segundo semestre, será disponibilizado almoço aos estudantes. No entanto, os alunos terão que optar entre os dois lanches que já recebem ou a refeição no horário do almoço.

De acordo com o Centro Paula Souza, poucas horas após a reintegração a polícia devolveu quatro notebooks, 15 pentes de memória, um projetor, cinco webcams e três placas de vídeo, entre outros itens. Quatro adultos e um adolescente foram encaminhados ao 2º DP, do Bom Retiro. A instituição registrou boletins de ocorrência listando todos os danos sofridos.

Durante a manhã, a Polícia Militar de São Paulo realizou a reintegração de posse do prédio. Cerca de 30 alunos foram retirados do local. Alguns deles foram arrastados por policiais.

Durante oito dias, estudantes ocuparam o prédio do Centro Paula Souza. Os estudantes protestavam contra a qualidade da merenda nas escolas técnicas – a chamada “merenda seca”, composta por uma bebida láctea e biscoitos. Os manifestantes prometiam permanecer no local até que todas as escolas tivessem direito a merenda e almoço.

“Estou indignada com o ataque a esta instituição. O prédio está muito destruído e muitos equipamentos foram furtados. É uma pena uma instituição que só faz o bem à juventude de São Paulo sofrer um ataque cruel como esse”, disse a diretora-superintendente do Centro Paula Souza Laura Laganá. “É um ato de vandalismo contra uma instituição séria e competente, que tem trabalhado muito pelo Estado de São Paulo.”

Ontem, o Ministério Público abriu dois inquéritos para apurar o não-atendimento, por parte do Centro Paula Souza, de programa suplementar de alimentação aos estudantes. Presente na audiência de conciliação entre estudantes e a administração, o Ministério Público afirmou que “não houve apresentação do Centro Paula Souza de proposta objetiva para o atendimento aos educandos” em relação à merenda.

“MARMITEX” NO SEGUNDO SEMESTRE

O Centro Paula Souza anunciou também que, a partir do segundo semestre, fornecerá um “marmitex” para alunos que estudam em período integral e não recebem a refeição. Até então, os alunos só tinham direito a dois lanches no intervalo, cuja qualidade foi alvo de críticas. No entanto, os estudantes deverão optar por continuar recebendo a merenda pela manhã e à tarde ou receber uma refeição na hora do almoço.

“A instituição deu duas alternativas porque muitos alunos, especialmente no interior do Estado, preferem almoçar em casa ou levar a própria refeição para as escolas, que têm infraestrutura para aquecimento de alimentos”, comunicou o Centro Paula Souza.


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