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Aliados dizem que CPMF não é solução e apresentam proposta alternativa

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BRASÍLIA – Em almoço com a bancada de deputados do PTB em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff ouviu que a volta da CPMF não é a solução para que o governo equilibre suas contas. Segundo o líder da bancada, Jovair Arantes (GO), os petebistas voltarão a se encontrar com Dilma esta semana para detalhar uma alternativa à recriação do imposto.

— A bancada do PTB apresentou e está apresentado proposta, que não é criando CPMF. Novo imposto não vai resolver situação. Estamos apresentando proposta que vamos discutir com ela e com nossos técnicos. Ela tem dito que se alguém tiver proposta melhor que a CPMF, que apresente — afirmou Arantes à saída do almoço.

O líder não quis aprofundar sobre a proposta alternativa. Segundo ele, o grupo de 17 deputados apresentaram problemas que têm enfrentado em suas regiões, como obras paradas e atrasos de pagamentos para os municípios.

— Foram colocados todos os problemas e ela recebeu como críticas muito positivas, que são importantes para o crescimento da administração dela e do grupo que governa o Brasil — afirmou.

Jovair disse que a prisão do marqueteiro da campanha de Dilma, João Santana, não foi assunto do almoço. Mas pontuou que a presidente estava “com astral muito positivo” e que recebeu bem as críticas feitas pelos parlamentares.

O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) também participou da reunião. À noite Dilma deve receber a bancada do PDT da Câmara para um jantar em sua casa. O esforço de aproximação com o Congresso vem sendo feito desde o início do mês, quando a presidente atravessou a rua para ler, pessoalmente, seu discurso de abertura do ano Legislativo. Normalmente, o texto é lido pelo chefe da Casa Civil.

No almoço, Dilma fez um mea culpa sobre sua falta de diálogo com a base no Congresso, e afirmou que pretende fazer mais reuniões como a desta terça-feira.

– Dilma ficou cinco anos sem nos receber. Ela reconheceu que conversou pouco, mas disse que vai fazer mais encontros – afirmou um deputado presente no Alvorada.

Três pontos foram elencados por Dilma segundo participantes do encontro: ICMS no estados, CPMF e reforma da Previdência. A presidente não pediu votos diretamente para a Câmara, nem mencionou a Operação Lava-Jato, que em sua última fase teve João Santana, marqueteiro de Dilma e Lula, preso temporariamente.


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