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Aliado de Temer faz romaria a gabinetes e comemora ‘efeito dominó’ a favor do impeachment

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BRASÍLIA — Acompanhado pelo deputado André Moura (PSC-SE), um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro Eliseu Padilha faz uma romaria, na manhã deste domingo, por lideranças de partidos que apoiam o impeachment. Além do PMDB, ele já foi ao PSDB, DEM e PTB. Ao mesmo tempo, representantes do PP também pressionam deputados dissidentes por voto a favor do impeachment.

Representando o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), Padilha disse que há um entusiasmo grande com o “efeito dominó” de deputados que, segundo ele, vem aderindo ao impedimento de Dilma Rousseff nesta reta final.

— Há um entusiasmo muito grande, todo mundo dizendo o óbvio, que há um efeito dominó, a cada momento a gente tem novas adesões, o que nos agrada muito e aumenta a responsabilidade no amanhã, nas coisas que a gente vai ter que falar depois que terminar o processo no Senado — garantiu o peemedebista.

Nas contas de Padilha, o impeachment tem hoje o apoio de 370 dos 513 deputados, 28 votos a mais do que os 342 necessários para que o processo seja aprovado e vá ao Senado. Ele acredita que ainda é possível mudar alguns votos e segue indo aos gabinetes das lideranças para “dar uma palavra de estímulo” aos parlamentares.

— A sugestão do nosso deputado André Moura, que é o general dessa batalha, é que a gente passe nas lideranças como registro do dia mais importante desse processo. De agora até o último voto é que as coisas vão acontecer, por isso é muito importante a gente estar presente, dar uma palavra de estímulo e ouvir qualquer tipo de dúvida que ainda paira — explicou.

O ex-ministro disse que Temer, que acompanhará a votação de Brasília, está “descontraído” e segue “fazendo política”.

— Ele está muito bem, descontraído, cuidando de fazer política como ele sabe, recebendo centenas de pessoas todos os dias, conversando muito, com a paciência que caracteriza ele.

Ele contou que recebeu uma mensagem de texto do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), às 4h20 da madrugada avisando que a bancada estava 100% fechada a favor do impeachment. Perguntado se acreditava na fidelidade dos deputados, ele disse que nem no PMDB trabalha com a totalidade dos votos pelo impedimento de Dilma

— No meu partido também foi 100% e tem seis ou sete pessoas que não vão votar, é natural que algumas pessoas não vão seguir, isso é absolutamente compreensível. Não consideramos isso para os nossos cálculos, nossos cálculos são de ontem, isso tudo é fato novo, efeito dominó posterior. Só recebi a noticia de que tinha fechado, mas acho que pode ter mais uma ou duas deserções (além de Waldir Maranhão) — admitiu Padilha.


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