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Aliado de Cunha propõe pena alternativa de suspensão de três meses

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BRASÍLIA — O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), décimo sétimo parlamentar a falar na reunião do Conselho de Ética que analisa o pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leu nesta terça-feira um voto em separado que propõe pena alternativa de suspensão de três meses de mandato de Cunha. Entre os 17 deputados que se pronunciaram até as 13h, 12 defenderam a cassação e cinco criticaram. Dos 12, oito são titulares. Apenas ainda não registrou presença na reunião do colegiado a deputada Tia Eron (PRB-BA), voto que é considerado decisivo para definição do resultado.

— Não vou ficar aqui jogando para um lado e para o outro. Há deputados com inquéritos — defendeu Bacelar, apresentando em seguida a proposta de pena alternativa de suspensão de três meses..

Só depois de encerrada a discussão, é que o conselho irá votar e, ainda assim, pode haver requerimento para adiar a votação.

Alguns deputados aliados de Cunha inscritos para falar, tidos como votos certos para impedir sua cassação – os deputados Fufuca (PP-MA) e Wellington Roberto (PR-PB) – não estavam na reunião, quando foram chamados e não falaram. Dos cinco que defenderam Cunha até agora, quatro são titulares e têm preferência na votação.

Aliado de Cunha, o deputado Wladimir Costa (SD-PA), não declarou abertamente seu voto, mas disse não ver qualquer problema nas explicações dadas por Cunha sobre o trust. Também afirmou que muitas pessoas defendem que o presidente afastado, por ter dado encaminhamento ao impeachment, deveria receber “indulto” das questões de que é acusado. Wladimir disse que discorda dessa opinião sobre o indulto, mas afirmou que Cunha “paga pela audácia” de ter bancado o impeachment.

O deputado Paulo Azi (DEM-BA) enumerou atos de Cunha que considera importantes para o país, como ter dado o andamento ao impeachment de Dilma Rousseff, mas disse que isso não é motivo para sua absolvição. Afirmou ainda que ficou provado que Cunha tem recursos no exterior e que ele não esclareceu a origem desses recursos, por isso vota a favor da cassação.

— Não estamos julgando um deputado qualquer. Ele teve a coragem de dar encaminhamento ao impeachment. Mas é verdade também que, registrando os pontos que considero positivo da atuação, isso não é motivo para sua absolvição. Me parece claro que Cunha infringiu uma norma regimental de não prestar informações relevantes a essa Casa quando assumiu o mandato que está em curso. sonegou informação, não falou a verdade na CPI. E em nenhum momento o representado esclareceu a origem dos recursos que detém no exterior.


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