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A pedido de defesa de Lula, Sindicato dos Advogados denuncia Moro ao CNJ

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SÃO PAULO – O Sindicato dos Advogados de São Paulo enviou nesta quarta-feira uma representação contra o juiz Sérgio Moro ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atendendo a pedido feito pelo advogado Roberto Teixeira, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa gerou uma resposta da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que classificou o pedido do sindicato como “inadmissível”.

O presidente do sindicato, Aldimar Assis, disse que encaminhou ao CNJ um pedido de apuração de conduta do juiz, porque Teixeira reclamou que estava tendo suas prerrogativas profissionais violadas. Segundo ele, no despacho que autorizou as buscas e apreensões da última sexta-feira, Moro insinuou que Teixeira poderia ter “forjado assinaturas” em contratos assinados no seu escritório.

Ao falar sobre a compra do sítio de Atibaia (SP) por Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de filhos de Lula, o texto de Moro diz que Teixeira é “pessoa notoriamente” próxima ao ex-presidente e afirma que a coleta de assinaturas para a negociação foi feita no escrtiório do advogado, em São Paulo. Para Assis, essa é uma atividade comum de um advogado.

A AMB afirmou, por nota, que o CNJ não é instância recursal e que a medida do sindicato paulista evidencia uma forma de “intimidação dos juízes” e indica “possível tentativa de impedimento à atuação do juiz que está à frente das investigações da Lava-Jato”. Ainda segundo o texto, a magistratura “não se furtará diante de ações e manobras que venham a tentar paralisar o trabalho dos juízes no combate à corrupção”.


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