“A LENDA É REAL”: pescador é m0rto pelo Curupira: “ele tava xingando o bicho”, dizem familiares; veja vídeo
Brasil – Na noite desta quinta-feira (8/2), circulou em diversos grupos de redes sociais um vídeo perturbador que alegava a morte de um pescador por uma figura do folclore brasileiro, o temido Curupira. Segundo relatos compartilhados, o incidente teria ocorrido em uma área de mata na região da Vila do Japim, na cidade de Viseu, interior do Pará.
Além do vídeo, áudios de moradores locais também foram amplamente compartilhados, sustentando a narrativa de que o pescador teria sido morto após desrespeitar a entidade folclórica. Veja vídeo:
Embora a repercussão desses relatos tenha sido intensa nas redes sociais, é crucial ressaltar que não há confirmação oficial por parte das autoridades locais sobre o ocorrido. Até o momento, trata-se apenas de relatos compartilhados por moradores e familiares da região, os quais não foram confirmados ou investigados pelas autoridades competentes.
A criatura
O Curupira é uma figura lendária do folclore brasileiro, conhecido por sua aparência peculiar, cabelos vermelhos ou laranjas brilhantes e pés virados para trás. Segundo as lendas, ele habita as matas e utiliza seus pés invertidos para criar pegadas confusas, levando viajantes e caçadores à desorientação.
O Curupira, uma das mais intrigantes figuras do folclore brasileiro, tem suas raízes etimológicas profundamente entrelaçadas com a cultura tupi. Os termos “curupira” e “curupiral” derivam do tupi kuru’pir, que pode ser traduzido como “o coberto de pústulas”. No entanto, há interpretações divergentes sobre o significado exato deste termo.
Segundo o folclorista ítalo-brasileiro Ermanno Stradelli, a palavra provém da contração de curu, uma variação de corumi, que significa “menino”, e pira, que remete a “corpo”. Dessa forma, “curupira” poderia ser interpretado como “corpo de menino”. Por outro lado, de acordo com Eduardo Navarro, especialista em tupi antigo, o termo se origina da junção de kuruba, que se refere a “sarna” ou “verruga”, com pira, que significa “pele”, resultando em “pele de sarna” ou “pele de verrugas”.
A história do Curupira remonta aos primórdios da colonização do Brasil. Uma das primeiras menções registradas data de 30 de maio de 1560, quando o padre José de Anchieta descreveu encontros dos nativos brasileiros com criaturas demoníacas, denominadas corupiras. Esses seres, segundo relatos, atacavam os índios na mata, infligindo-lhes ferimentos e até mesmo causando suas mortes. Os indígenas, então, adotavam rituais de proteção, deixando oferendas em determinados caminhos para apaziguar os espíritos dos curupiras.
Com o tempo, o Curupira foi adquirindo características distintivas, tornando-se um ser misterioso habitante das matas brasileiras. Geralmente representado como um anão de cabelos ruivos e pés voltados para trás, o Curupira é conhecido por sua força física prodigiosa e por sua habilidade em enganar caçadores e viajantes, fazendo-os perder o rumo por meio de assobios e sinais falsos.