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Aécio: pacto vai ocorrer sem presença de Dilma na Presidência

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BRASÍLIA – A proposta de pacto feito pela presidente Dilma Rousseff, que disse nesta quarta-feira estar disposta até mesmo a conversar com a oposição se o impeachment não for aprovado, foi descartada pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Para o tucano, o impeachment será aprovado na Câmara por uma maioria “acachapante” na Câmara e no Senado e chegou a hora da presidente Dilma “acertar e pagar suas contas” com a sociedade. Ao responder a Dilma, Aécio disse que golpe pratica quem não respeita o que o Congresso Nacional vai decidir, dentro dos preceitos constitucionais.

— Esse pacto que a presidente Dilma propõe lamentavelmente chega muito tarde. E esse pacto vai ocorrer sem a presença dela na presidência da República. Ela virou um problema. Vamos fazer um pacto em torno de uma agenda de reformas urgentíssima a ser aprovada no Congresso Nacional para retomar o crescimento e acabar com o desemprego avassalador. Esse governo que nos mergulhou na maior crise da nossa História não tem autoridade para nos tirar dela — rebateu Aécio.

Em um longo discurso na tribuna, Aécio reafirmou o apoio do PSDB ao impeachment e a disposição de apoiar um eventual governo de união nacional. Fez um longo balanço da situação econômica e social que, segundo ele, levou a presidente Dilma ao impeachment. E aplaudiu a força das ruas no desfecho desse processo.

— Nasceu no país uma nova consciência nacional, gostem ou não dela. As ruas foram ocupadas por brasileiros que tomaram em suas mãos o destino do Brasil. Se amanhã a Câmara vai aprovar o impeachment, esse desfecho acontece não só pelas irregularidades praticadas pela presidente Dilma, mas também pela extraordinária mobilização das ruas, o que vai obrigar os parlamentares e governantes a buscarem conexão com essas novas forças — disse Aécio.

No pronunciamento, Aécio lembrou que, apesar de todos os alertas dados durante a campanha de 2014, a presidente Dilma não só se omitiu, mas mentiu e enganou os eleitores para manter seu projeto de poder.

— Agora vem o ministro Cardozo com esse discurso de que não houve dolo nas pedaladas, que a presidente estava amparada por pareceres técnicos. Como não houve dolo? Quando houve a queda na arrecadação que alertamos, qual o caminho que ela seguiu? Ao invés da responsabilidade, ela seguiu o caminho da ilegalidade e ampliou os gastos. Os números não mentem, os números não são golpistas — disse Aécio, lembrando que todas as vezes que alertaram a presidente, eram chamados de pessimistas.


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