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Aécio fala em ‘pós-Dilma’ e defende manifestações pelo impeachment

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BRASÍLIA — O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), usou o termo “pós-Dilma” para defender a construção de uma agenda para o país e defendeu a atuação da oposição no apoio aos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff convocados para o dia 13 de março.

— A saída para o Brasil no pós-Dilma, que eu espero que se dê o rapidamente possível, terá que ser dada com diálogo, com a construção de uma nova agenda, que passe por confiança, por credibilidade, que a presidente, infelizmente para todos nós brasileiros, já perdeu — disse Aécio.

O termo foi usado ao comemorar a filiação do senador Ricardo Ferraço, que deixou o PMDB fazendo críticas ao apoio daquele partido ao governo Dilma Rousseff.

— Ricardo Ferraço terá um papel estratégico, ao lado da liderança da minoria aqui no Senado Federal, mas também ao meu lado na direção nacional, não apenas na construção da agenda do pós-Dilma, mas também de uma articulação política que dê estabilidade ao país quando essa triste página da nossa história protagonizada pelo PT e pelos aliados seja definitivamente virada — disse o presidente do PSDB.

As manifestações do próximo dia 13 foram convocadas por movimentos que se autointitulam apartidários, mas Aécio afirmou que a oposição está se “incorporando” a esta ação. Ele e demais lideranças da oposição se reuniram nesta terça-feira com representantes dos movimentos.

— Nós não vamos nos omitir. O PSDB e os demais partidos de oposição estão convocando os brasileiros para que possam ir às ruas no próximo dia 13 de março e dar um basta definitivo a isso que vem acontecendo no Brasil. A presença dos brasileiros nas ruas certamente pode abreviar o sofrimento de tantos com alto desemprego, inflação sem controle e com a falta de esperança — disse o tucano, antes da reunião.

MANIFESTAÇÃO TERÁ PALANQUE PARA POLÍTICOS

Após a reunião entre lideranças da oposição e dos movimentos de rua ficou acertado que deverá haver um palanque montado para que os políticos possam expressar apoio ao impeachment. Os movimentos decidirão ainda se isso ocorrerá em São Paulo ou Brasília. Acertou-se também que o mote será “Fora Dilma”, para englobar tanto o impeachment como a possibilidade da cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Carla Zambelli representou a Aliança, grupo que reúne 45 movimentos, e afirmou que foi uma decisão dos manifestantes buscar apoio político. A argumentação é de que não dá para ser “hipócrita” e negar que é preciso ter apoio do Congresso para conseguir aprovar o impeachment de Dilma.

– Quando o pedido de impeachment foi aceito e começou a tramitar, nós precisamos do apoio do Congresso. Diante disso que se decidiu unir as ações – afirmou Carla.

Ela ressaltou que a união a grupos políticos para a defesa da saída de Dilma não significa um apoio dos movimentos para um momento posterior, seja com o vice Michel Temer assumindo ou no cenário de uma nova eleição.

– A ideia é uma união pelo impeachment. Se no day after qualquer um dos que teve aqui aparecer envolvido em corrupção, na Lava-Jato ou outra questão, se tiver que bater, nós vamos bater – disse a representante da Aliança.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse esperar que os protestos de 13 de março sejam os maiores realizados até agora. Ele ressaltou que a estratégia é a partir daí não realizar mais convocações nacionais, mas manifestações específicas em cada cidade. Ele ressaltou que a pressão será por uma solução, seja pelo impeachment ou pelo TSE.

– Tanto faz o impeachment ou o TSE, o que o Brasil quer é uma solução – disse Caiado.


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