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Gastrite: Conheça os sintomas e o tratamento da doença

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Sete em cada dez brasileiros sofrem com o problema de gastrite que na verdade, é um processo infecioso ou inflamatório da mucosa do estômago. Conheça algumas causas, características e o tratamento para esta doença.

  • Podem ser destacadas como principais causas da gastrite:

Presença de bactérias, especialmente a Helicobacter pylori, na mucosa do estômago;
Uso de anti-inflamatórios;
Refluxo biliar;
Estresse metabólico (queimaduras e cirurgias de grande porte, por exemplo);
Abuso de álcool, drogas e cigarro;
Alguns alimentos ou bebidas (como café e refrigerante, por exemplo);
Doenças autoimunes.

De acordo com o gastroenterologista do Hospital Santa Lúcia Norte, de Brasília, e membro titular da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia, Hermes Aguiar Júnior existem várias causas de gastrite, sendo as mais comuns causadas pelos anti-inflamatórios e pela Helicobacter pylori.

  • Tipos de gastrite:

Gastrite aguda: apresenta sintomas que aparecem repentinamente e está geralmente associada à uma má alimentação, ao uso de determinados medicamentos ou a fatores emocionais.
Gastrite crônica: quando a inflamação se apresenta por tempo mais prolongado no organismo.

Porém, Aguiar Júnior explica que diferentemente do que se pensa, a gastrite crônica não é uma doença que não tem cura. “O que caracteriza o quadro agudo ou crônico da gastrite é o tipo de infiltrado inflamatório, ou glóbulos brancos, que se encontram no local ao exame microscópico. Se as células presentes são neutrófilos, a gastrite é aguda; se são linfócitos ou plasmócitos, caracteriza-se uma gastrite crônica”, destaca.

“Ainda há as gastrites infeciosas causadas por bactérias como Helicobacter pylori, espiroquetas (sífilis), bacilo da tuberculose, fungos; e gastrites causadas por agentes químicos (remédios, cáusticos, álcool e tabaco)”, acrescenta o gastroenterologista.

  • Sintomas da gastrite:

Dor no epigástrio (“boca do estômago”), com queimação ou cólica;
Sensação de “vazio no estômago”;
Empachamento (sensação de “peso no estômago”);
Vômitos;
Náuseas;
Eructação (arroto).
O gastroenterologista ressalta que os sintomas e a intensidade deles variam de pessoa para pessoa. Além disso, em alguns casos a gastrite é assintomática.

O diagnóstico de gastrite é feito por videoendoscopia digestiva alta com a avaliação macroscópica do estômago feita pelo endoscopista e retirada de fragmentos da mucosa para analise histopatológica (microscópica).

É importante ainda a realização de biópsia na endoscopia para diagnosticar com precisão a doença e o grau de comprometimento.

  • Tratamento:

A gastroenterologista destaca que o tratamento da gastrite depende de sua etiologia. Mas, de forma geral, podem ser citadas como principais formas de tratamento:

Medicamentos: “Na maioria das vezes usamos medicamentos que diminuem a secreção de ácido, como os inibidores da bomba de prótons (Omeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol, Esomeprazol e Rabeprazol), antagonistas H2 (Ranitidina, Cimetidina) e antiácidos (hidróxido de alumínio). Nas gastrites infecciosas acrescentamos antibióticos específicos”, explica Aguiar Júnior.
Mudança de hábitos: evitar bebidas alcoólicas, parar de fumar, não consumir frituras, alimentos muito gordurosos e nem ácidos são medidas que contribuem muito para a melhora dos sintomas. A orientação na maioria dos casos é associar essas mudanças com o(s) medicamento(s) indicado(s).

Vale ressaltar que somente o médico pode indicar o medicamento adequado para o seu caso, bem como dosagem e duração do tratamento. A automedicação pode, muitas vezes, agravar o problema.

Além disso, seguir à risca as indicações do médico – não só no que diz respeito ao uso de medicamentos, mas também à mudança de hábitos – é essencial para o sucesso do tratamento.

Fonte: Dicas de Mulher


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