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Chupeta: Conheça os riscos que esse ‘mimo’ pode causar

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Para algumas mães, dar a chupeta ao bebê é a melhor opção naqueles momentos em que os nervos estão à flor da pele, ou até mesmo na hora de dormir.

Há pessoas que defendem o uso do acessório, entretanto, há quem diga que a chupeta não deve ser usada NUNCA. Veja algumas contraindicações da chupeta e esclareças suas dúvidas:

1. Pode prejudicar a amamentação

De acordo com a pediatra do Hospital Santa Lúcia de Brasília e membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria, Nathália Sarkis, o uso da chupeta está associado à menor duração do aleitamento materno. “Isto porque a língua do bebê se posiciona de forma diferente durante a amamentação se comparada à chupeta. Desta forma, pode causar uma confusão de bicos e dificultar a amamentação”, diz.

“No entanto, cada caso deverá ser avaliado por uma equipe multidisciplinar, a fim de realizar ações preventivas quanto à exposição a bicos artificiais e intervenções precoces das alterações nos primeiros dias de amamentação”, acrescenta a pediatra.

2. Maior propensão a infecções de ouvido

Com o uso da chupeta, de acordo com Nathália, existe uma propensão maior de infecções do ouvido médio. “A chupeta proporciona uma migração de micro-organismos para o ouvido devido à falta de estímulo do músculo tensor do palato membranoso (principal responsável pela abertura da tuba auditiva e importante na prevenção das otites médias)”, explica.

3. Mais chances de infecções em geral

A chupeta cai no chão e muitas vezes não é higienizada corretamente.

Nathália destaca que as chupetas são consideradas potenciais reservatórios de infecção, podendo afetar o sistema imunológico. O uso de chupeta está associado, por exemplo, com maior incidência de casos de diarreia, aftas, candidíase oral, entre outros quadros.

4. Pode prejudicar os dentes da criança

Nathália explica que a chupeta pode provocar alterações anatômico-funcionais. “As alterações oclusais mais frequentes são mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior”, diz. Ela aumenta ainda o risco de cáries.

5. Pode provocar dificuldades na fala

O uso excessivo da chupeta pode levar a problemas de dentição e fala, especialmente se o uso se prolongar além dos três anos de idade.

Como o acessório costuma ficar muito tempo na boca da criança, pode causar mudanças estruturais, além de inibir a imitação de sons, o balbucio e a emissão de palavras em geral.

6. Pode influenciar a inteligência na vida adulta

Um estudo associou o uso de chupeta a um menor desempenho em testes de inteligência na vida adulta.

A hipótese, conforme comenta Nathália, seria a de que a criança que utiliza chupeta é menos solicitante por atenção (dos pais/cuidadores). Por esse motivo, acaba sendo menos estimulada.

7. Pode estimular alguns hábitos negativos

Nathália comenta que há evidências de que o uso prolongado da chupeta possa “ser substituído” ao longo da vida por hábitos negativos, como o de fumar, comer excessivamente ou por outros transtornos compulsivos.

8. Riscos provenientes do acessório

Existe a possibilidade de asfixia e estrangulamento causados por partes da chupeta que ocasionalmente se desprendam dela. Além do risco de machucados na boca ou no nariz caso a criança caia com a chupeta na boca.

Apesar dos malefícios da chupeta serem muito abordados atualmente, são raras as crianças que nunca a utilizaram em algum momento da infância. Isso se deve especialmente à visão da chupeta como algo “terapêutico” – que acalma – ter passado de geração em geração.

Diante de tanta polêmica, é ainda praticamente impossível falar sobre uma “idade ideal” para a retirada a chupeta. Mas, de forma geral, por volta dos dois ou três anos, a maioria das crianças começa a desapegar do acessório… Mas, claro, esta não é uma regra.

Fonte: Dicas de mulher


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