Primeira Liga ataca presidente da Ferj: ‘Tenta sorrateiramente criar problemas’
A Primeira Liga divulgou nota na tarde desta quarta-feira em que ataca o posicionamento da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), que ameaça não permitir que o Flamengo entre em campo contra o Figueirense, na próxima quarta-feira, em Brasília. A entidade afirma que a data do jogo se sobrepõe ao calendário do Campeonato Carioca.
— É lamentável, inadmissível e irresponsável este novo posicionamento do presidente da FERJ que, mais uma vez, tenta ilegalmente e sorrateiramente criar problemas ao andamento da Primeira Liga — diz nota oficial da Primeira Liga, que ataca também o presidente da Ferj, Rubens Lopes — É por fatos como este que precisamos de uma mudança urgente na estrutura do futebol nacional. Não é possível conviver com pessoas cujo único objetivo de vida é o poder pelo poder. O futebol brasileiro paga um preço muito caro por pessoas assim.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente Eduardo Bandeira de Mello falou sobre a situação do clube na Primeira Liga. Ele garantiu que o jogo contra o Figueirense, em 9 de janeiro, em Brasília, vai acontecer.
— Podem comprar as passagens. Nós já até compramos. Vai ter jogo lá. Não existe coincidência nem conflito de data (com o Carioca) — afirmou.
A nota na íntegra:
“Os 15 clubes integrantes da Primeira Liga tomaram conhecimento no dia de ontem sobre a posição da FERJ no sentido de proibir que Flamengo e Fluminense participem dos jogos da Primeira Liga previstos para os dias 9 e 10 de março, jogos estes que já eram de conhecimento público há alguns meses.
É lamentável, inadmissível e irresponsável este novo posicionamento do presidente da FERJ que, mais uma vez, tenta ilegalmente e sorrateiramente criar problemas ao andamento da Primeira Liga.
Convém lembrar que no dia 28 de janeiro de 2016, a CBF, mediante a Resolução da Diretoria nº 02, aprovou a realização dos jogos da Primeira Liga em 2016, nos termos da tabela apresentada. A própria FERJ, no mesmo dia, também mediante resolução, aprovou a participação do Flamengo e Fluminense na competição.
Portanto, a proibição da realização dos jogos que a FERJ tenta levar adiante se contrapõe diretamente a sua própria posição anterior e, sobretudo, a uma resolução da CBF, a qual a FERJ deveria cumprir à risca. Ao não cumprir uma norma da CBF, a FERJ desobedece uma orientação superior e fica sujeita a punições disciplinares.
É por fatos como este que precisamos de uma mudança urgente na estrutura do futebol nacional. Não é possível conviver com pessoas cujo único objetivo de vida é o poder pelo poder. O futebol brasileiro paga um preço muito caro por pessoas assim.
A Primeira Liga, como entidade legalista que é, continuará firme na defesa de seus princípios e direitos, independentemente dos escusos interesses do Presidente da FERJ.
A programação dos jogos da competição não sofrerá nenhuma mudança.”