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Funcionário da Globo foi sequestrado na Arena Corinthians

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Os duelos entre Corinthians e Palmeiras sempre entram para a história. E, talvez por isso, um detalhe ocorrido durante uma partida entre os times pelo Campeonato Paulista em abril de 2015 tenha quase ficado escondida.

Segundo o UOL, naquele dia, um técnico de manutenção da Rede Globo foi sequestrado dentro da Arena Corinthians, onde acontecia o clássico. Trechos do processo no qual Hélio Lacerda busca conseguir benefício de auxílio acidente junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foram obtidos pelo portal.

Nele, há laudos apontando que o funcionário desenvolveu estresse pós-traumático depois do ocorrido, fazendo-o não conseguir mais trabalhar normalmente. Ele segue contratado pela emissora carioca. De acordo com testemunhas que não quiseram se identificar, Lacerda havia ido até o estacionamento para comer. Porém, foi rendido por um grupo criminoso e levado até um cativeiro em Itaquera. No local, foi espancado por horas.

Ele teria sido sequestrado por engano: o verdadeiro alvo seria um policial civil. Somente horas depois é que os bandidos perceberam o erro. Amigos de Lacerca foram procurar por ele e acabaram rendidos por um dos criminosos que permanecia no local. Ao serem levados até o cativeiro, provaram suas identidades.

As agressões foram tão violentas que o técnico precisou de uma cirurgia de reconstrução do maxilar. Ameaçados, nenhum dos envolvidos quis registrar boletim de ocorrência. Em 2017, Lacerda foi considerado por médicos incapaz de seguir trabalhando por conta dos problemas psicológicos desenvolvidos após o crime. Isso motivou sua ação no INSS para recebimento de uma quantia mensal dada àqueles que têm sua capacidade de trabalho comprometida por um acidente sofrido durante a atividade profissional. O valor pode chegar a até R$ 2.800.

A Justiça questionou a Globo por não ter realizado a Comunicação de Acidente de Trabalho, abrindo um processo que poderia dar direito ao benefício. A emissora, que não quis comentar o caso, foi obrigada a esclarecer os motivos de não ter feito isso. Advogada da vítima, Nivea Pulschen afirmou que não faria comentários, já que o processo corre em segredo de Justiça, e que o cliente não tinha interesse em entrevistas.

FONTE: Metrópoles


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