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Barcelona e Atlético de Madrid fazem o clássico espanhol na Liga dos Campeões

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O clássico desta terça-feira entre Barcelona e Atlético de Madrid, às 15h45m (de Brasília), será um dos jogos que abrem as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa (o outro será entre Bayern e Benfica, em Munique), mas será inevitável pensar nos efeitos dos jogos do fim de semana pela Liga espanhola sobre as duas equipes que começam a decidir uma vaga na semifinal do principal torneio de clubes do mundo.

Derrotado em pleno Camp Nou pelo Real Madrid no sábado, o time catalão não perdeu apenas uma invencibilidade de 39 partidas. Viu também um pouco da sua confiança de time imbatível abalada por uma derrota em que foi taticamente inferior ao rival em um jogo que tinha tudo para ser de festa e homenagem ao falecido ex-jogador e ex-treinador Johan Cruyff. Do outro lado, um Atlético que goleou o Bétis e diminuiu para seis pontos a distância para o Barça virá ainda mais motivado para o jogo na casa catalã, um lugar onde o Atlético não vence desde a temporada 2005-06.

– Um bom resultado no Camp Nou é vencer. Será um jogo difícil, contra um rival forte, mas somos otimistas e acredito muito na minha equipe – disse o técnico Diego Simeone, que completará 250 partidas no comando do Atlético.

Simeone recolocou o Atlético de Madrid no patamar dos grandes desde que chegou ao Vicente Calderón em 2011. Com ele, a equipe voltou a disputar títulos e conseguiu feitos como a Liga Europa de 2012 e o Campeonato Espanhol de 2014. Neste ano, o Atlético eliminaria o Barcelona também nas quartas de final da Liga dos Campeões e chegaria na decisão, onde acabaria derrotado pelo Real Madrid. Tudo o que o técnico deseja que se repita agora.

O Barcelona venceu os últimos seis jogos contra o rival. Mas sempre com placares apertados. O jogo do time catalão tem dificuldade em encaixar contra o forte sistema defensivo armado por Simeone. Será mais um desafio para Luis Enrique, que nesta segunda-feira teve que responder muitas perguntas sobre a atuação do seu time no clássico contra o Real.

– Tenho uma equipe totalmente confiável. Tenho uma fé cega nos meus jogadores. Vamos lutar ao máximo. Não sei se venceremos, mas a equipe tem nível para ser o que temos visto nos últimos meses – disse o técnico, que saiu em defesa do trio Messi-Suárez-Neymar, muito criticado após a derrota.

– Vejo todos os meus jogadores em perfeitas condições. Há muito tempo não sabíamos o que era perder. E todos esperamos que isso sirva de estímulo para voltar a ganhar. Estou otimista. Eles (o trio MSN) não são máquinas. São os melhores do mundo, mas não quer dizer que são invencíveis.

PIQUÉ PROVOCA

Para o zagueiro Piqué, a derrota para o Real não abala a confiança do Barcelona. Ele, inclusive, alfinetou o rival e disse querer reencontrá-lo numa eventual decisão europeia.

– Sigo pensando o mesmo. Gostaria de enfrentar o Madrid na final da Liga dos Campeões. Não muda nada por causa de uma derrota. Nós, culés (apelido dado à torcida do Barcelona) tendemos a ser negativos, mas vivemos uma época muito boa e qualquer um ia querer voltar a jogar contra o Madrid. É o legado de Cruyff. Ele chegou como treinador em 1988 quando, para o Barcelona, ganhar do Real Madrid salvava a temporada. Agora os papéis mudaram – provocou.

Ao analisar o Atlético, o zagueiro alertou para os perigos do rival.

– Assustar não assusta, mas eles estão fazendo uma temporada excelente. Vai ser mais difícil que no sábado. É a segunda melhor equipe da Espanha, eles estão em segundo na Liga. Mas no final tudo se resume em nós. Que tenhamos a bola e o apoio do público. Se isso acontece, somos imparáveis.

Em Munique, o Bayern de Pep Guardiola terá, em tese, um confronto mais tranquilo contra o Benfica, líder do Campeonato Português com 70 pontos. Perto do título alemão, o time tenta chegar na sua quinta semifinal consecutiva de Liga dos Campeões.

– Para o povo de Munique, eu entendo que eles só aceitam a tríplice coroa. Se não vencermos, sei que para muitos isso não é suficiente. Mas há muitos times de qualidade. O mais importante é que nós temos que dar o nosso melhor – disse Guardiola, que elogiou o atacante brasileiro Jonas.

– Mitroglou e Jonas são muito fortes na área e têm muita qualidade.


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