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Escapando das capitais da Europa

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LONDRES – É claro que quem vai a Londres não quer desperdiçar um minuto sequer da programação numa das capitais mais vibrantes e cosmopolitas do mundo. Mas é no campo inglês que encontramos ainda hoje a Inglaterra em estado puro. Não muito distante da capital, lá estão vilarejos medievais entrecortados por estradas estreitas — que nesta época do ano se enchem de flores — e pubs que de tão típicos parecem cenários.

Alguns estão mais distantes e para explorá-los é necessário tempo. Mas eis a dica para uma fuga do burburinho de Londres por 24 horas: a antiga cidade-mercado de Amersham pode ser o passeio perfeito para um programa romântico. Está a uma hora de carro da capital, a 35 minutos de trem e a 50 minutos de metrô. Sim, a linha 9 vai até lá. Deve-se chegar ao vilarejo no fim da tarde para bater perna pelo pequeno centro histórico.

O jantar deve ser no charmoso Artichoke, com o pé-direito baixo e as vigas aparentes, como manda o figurino para as casas do vilarejo. Está recomendado no guia Michelin, embora não tenha estrelas, mas aguarde: os clientes garantem que é uma questão de tempo até ser alçado ao estrelato. Foi eleito duas vezes o restaurante do ano pelo guia AA. O estrelado chef francês Raymond Blanc, radicado na Inglaterra, disse recentemente que o Artichoke foi uma de suas grandes descobertas nos últimos cinco anos. O cardápio gastronômico da noite tem sete pratos cuidadosamente preparados. Não se esqueça de guardar lugar para os docinhos servidos com café. Pode-se pedir também à la carte.

Do outro lado da rua, hospede-se no velho pub King’s Arms. Uma curiosidade: foi um dos cenários de “Quatro casamentos e um funeral”. No dia seguinte, é imperdível o café da manhã do despretensioso Season’s. Para os valentes, sempre há a opção do English breakfast. São ótimos os eggs royal (ovo pochê e salmão defumado sobre brioche), o folheado de noz pecan e as panquecas. O Grocer’s (há dois na mesma rua) tem um ótimo croissant e bolos incríveis (laranja marroquina e pistache com azeite).

Para reduzir a culpa da comilança, faça a caminhada que começa na praça da Igreja de St. Martin, seguindo pelo riacho que desemboca na trilha do cemitério. Dali, sobe-se ao bosque e ao novo memorial aos heróis da Primeira Guerra Mundial, de onde se tem a bela vista do vilarejo e arredores. Se ainda houver ânimo, não deixe de ir ao Gilbey’s (também uma opção para um jantar com preços mais em conta). A comida é tão boa quanto a do seu irmão de Ethon, mas o ambiente é mais charmoso.

ANTUÉRPIA: FORA DO CENTRO

A Antuérpia é conhecida pelo agito. A cidade de porto sempre aberta aos estrangeiros e às novidades. Uma das coleções mas impressionantes de um de seus filhos, Peter Paul Rubens, está lá. Fora do centro, no cais, a antiga casa da bomba d’água foi transformada em uma brasserie elegante, com visual diferente e pratos de brasserie belga: tradicionais e sempre impecáveis. O Het Pomphuis (casa da bomba d’água em tradução livre) merece o desvio (Siberiastraat, 2.030).

A UMA HORA E MEIA DE PARIS

Em Dijon (a hora e meia de trem de Paris, a partir de Gare de Lyon), o Maison de Cariatides acaba de ganhar uma estrela no guia Michelin 2016. Cozinha criativa, com base nas receitas típicas da Borgonha, num espaço em que a decoração moderna combina com as estruturas medievais do prédio (28 rue Chaudronnerie).


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